Da Redação JM Notícia
Na rodada de entrevista com os candidatos a prefeitura de Palmas, o JM Notícia inicia ouvindo a candidata Cláudia Lelis (PV), pela coligação “Frente por Palmas”. Dentre os diversos assuntos abordados, Cláudia Lelis afirma que a construção de um Hospital de Emergência será prioridade em sua gestão e que a regularização dos lotes das igrejas, situação que não foi solucionada por nenhuma gestão, será um compromisso do seu governo.
A candidata ainda falou sobre as bandeiras do seu partido PV, como casamento gay, aborto e ideologia de gênero, falou ainda sobre o Capital da Fé, estacionamento rotativo e sua proposta de rescindir contrato com a Blue, retornar o Paço Municipal para o seu lugar de origem. Na entrevista, Cláudia afirma que Marcelo Lelis não ficará de fora de sua gestão.
Saúde
Questionada se a solução para os problemas enfrentados hoje pelo Hospital Geral de Palmas (HGP) seria a implantação de um Hospital de Urgência, a pevista afirmou que a saúde no Tocantins é um caso grave que vem se arrastando ao longos dos tempos.
“Os municípios têm que cumprir com responsabilidade e solidariedade o papel de atender à demanda da população. E em Palmas nos deparamos com um hospital que precisa ser desafogado”, Cláudia lembrou que todas as demanda de saúde hoje da cidade acaba sendo direcionada ao HGP, até os acidentes mais leves acabando chegando ao hospital geral por falta de condições das UPAs.
“É humanamente impossível um hospital dar conta de todas as demandas de uma cidade que dobrou de população desde que foi inaugurado e que, ainda, atende a todos os municípios e a Estados circunvizinhos. Já passa da hora de Palmas ter um hospital”, pontuou.
Em seu plano de governo, a candidata se compromete em construir um Hospital de Urgência de Palmas, que ela garante que irá desafogar o HGP; ampliar as UPAS, para atendimento às crianças com ambiente adequado; implantação de Ambulatório Médico de Especialidades (AME); Centro de Parto Normal, para que atender as mulheres de forma humanizada; Clínica da Família, uma em Taquari e uma em Taquaruçu.
Regularização dos terrenos das igrejas
Questionada sobre os terrenos irregulares das igrejas, que até hoje nenhuma gestão conseguiu resolver, a candidata se mostrou preocupada e não só com essa questão, mas com outros loteamentos na cidade. Para ela, o assunto há duas vertentes, uma que são os lotes já ocupados, e nesse caso a candidata diz que a gestão precisa ter boa vontade em regularizar, e a outra é a dos loteamentos irregulares.
“As pessoas já estão morando nesses locais, as igrejas já estão instaladas, o que nós temos que fazer é ter a boa vontade e ter responsabilidade de dar o título as pessoas e regularizar aqueles lotes, porque a igreja não vai sair de lá, as pessoas também não, o que precisamos fazer é buscar a solução”. Cláudia diz ser preciso uma fiscalização mais rigorosa com relação aos loteamentos irregulares e acrescentou, “a regularização fundiária de Palmas não é um compromisso, mas uma questão de honra”.
Igrejas
Ainda sobre as igrejas, a candidata falou sobre o trabalho social realizado por elas. “Como mãe, como cidadã, como candidata à prefeita só temos a agradecer, porque se não fosse o trabalho das igrejas no sentido de resgatar nossa juventude, que está a mercê da criminalidade e do tráfico de drogas, por falta de projetos sociais, estaríamos numa situação muito pior.
Capital da fé
Questionada sobre se o Capital da Fé teria continuidade em sua gestão, caso eleita, a candidata diz que irá conversar com o segmento evangélico para chegar a um consenso. Para ela, a obra evangélica não é feita em apenas quatro dias, e lembrou do alto valor gasto em apenas quatro dias. Segundo a pevista, o objetivo dos eventos evangélicos é que a pessoa saia com um conceito, com algum tipo de formação.
“E eu vejo que no Capital da Fé a pessoa não sai com esse conceito, porque não há pregações, e não faz o que os seminários e congressos tem que fazer que é ter a presença de Deus. Eu entendo que é mais importante estar fomentando os congressos que cumpre esse papel, do que apenas o Capital da Fé”, concluiu.
Gestão participativa com o segmento evangélico
A pevista afirmou que seu programa de governo será de uma gestão compartilhada. “Vou dividir Palmas em cinco regiões com superintendências regionais que estarão ligadas diretamente ao gabinete da prefeita, não vou fazer nenhuma gestão de gabinete e nem de redes sociais (fazendo referência a atual gestão), mas minha intenção é fazer uma gestão próxima às pessoas. Onde as pessoas tenham vez e tenham voz e não será diferente com o segmento religioso”.
Estacionamento Rotativo
Outro ponto polêmico de seus pronunciamentos foi a questão do estacionamento rotativo. Questionada sobre qual seria a sua alternativa para organizar o centro da cidade, já que afirmou que uma das suas primeiras ações, caso eleita, era rescindir contrato com a empresa Blue, Cláudia diz não ser contra organizar o estacionamento, desde que se faça isso compartilhado com os comerciantes que estão lá.
“A empresa Blue está fora de cogitação e nós vamos rescindir o contrato. Se ela tem a concessão e quiser brigar na justiça, nós vamos brigar na justiça. Eu sou boa de briga e não fujo de uma briga. É completamente inadmissível que tenhamos uma empresa que foi colocada sem ao menos debater com os comerciantes da JK, sem ao menos atender as reivindicações dos comerciantes, e que todo o faturamento fique mais de 90% para empresa e apenas 7% para a prefeitura”, garantiu.
Paço Municipal
A candidata do PV garantiu que o seu primeiro ato será descer a prefeitura de Palmas do 8º anda, do prédio da JK, e voltá-la ao local de origem. “Isso não tem cabimento, a prefeitura precisa estar em um local onde a população tenha acesso, então vamos descer aquela prefeitura”.
Marcelo Lelis
Sobre os critério de escolha para os cargos que comporão sua gestão, Cláudia diz não “colocar o carro na frente dos bois”, até porque ainda não foi eleita. “Seria uma hipocrisia da minha parte se eu dissesse que não vou ouvir o Marcelo, até porque ele é um líder tão importante, um líder tão experiente. Vamos ouvir ele e não só ele, mas todos os companheiros que estão juntos nessa caminhada”.
A pevista garantiu que terá uma gestão comprometida, capacitada e técnica, capaz de dar respostas rápidas à sociedade, e frisou que terá uma equipe enxuta.
Bandeira do PV: aborto, casamento gay, ideologia de gênero
Questionada sobre a ideologia do seu partido que defende o aborto, a ideologia de gênero, o casamento gay, Cláudia Lelis diz está apresentando à Palmas um projeto de uma cidade mais justa e humana , que coloque o ser humano em primeiro lugar. “As bandeira partidárias nem sempre são as que o candidato defende. Eu respeito as pessoas, a individualidade, e o pensamento das pessoa. Eu respeito as ideologias do partido, mas isso não quer dizer que eu levante todas as bandeiras”, e concluiu dizendo que o seu projeto é fazer uma Palmas, mas humana, mais justa, onde o cidadão seja protagonista dessa história.