O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso na manhã desta quarta-feira (16) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Atual secretário de Governo da cidade de Campos dos Goytacazes, o político é investigado pelo uso eleitoral do programa “Cheque Cidadão”.
A “Operação Chequinho”, que investiga o crime foi autorizada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, que emitiu as ordens de prisão preventiva. Desde o dia 12, o advogado criminalista Fernando Fernandes impetrou um habeas corpus em favor de Garotinho, pedindo que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse a prisão.
Desencadeada no dia 26 de outubro, a segunda fase da operação também levou à prisão o vereador Kellinho (PR) e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Três dias depois, foi a vez do vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio, do mesmo partido de Linda Mara. Ele já estava afastado de suas funções e proibido de entrar no prédio do Legislativo.
Durante a primeira fase da operação, ocorrida em 19 de outubro, foram presos dois vereadores de Campos, onde a prefeita é Rosinha, esposa de Garotinho. Já em 1° de novembro, a ex-assessora particular da prefeita e vereadora eleita Linda Mara Silva (PTC) foi levada pela polícia, na segunda fase da operação. As prisões incluíram a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a radialista Beth Megafone.
A Polícia Federal apurou que os acusados colhiam documentos para cadastrar eleitores no Cheque Cidadão, programa de benefício social do município. As investigações indicam que essa prática causou uma “explosão” nos números de beneficiários, crescendo em mais de 100% de junho de 2016 até agora.
Entre os 30 mil beneficiários do cheque cidadão, o Ministério Público calcula que 18 mil seriam parte do esquema, que gera um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês para a prefeitura.
A família Garotinho – Antony, Rosinha e a deputada federal Clarissa – sempre disse ram frequentar a igreja presbiteriana.
Gospel Prime