Da redação JM
A apresentadora global Angélica, esposa do presidenciável Luciano Huck, concedeu entrevista a uma revista e falou sobre feminismo e aborto. Angélica não quis dar uma opinião direta com medo de perder possíveis eleitores para o marido, mas deixou claro que não é contra o aborto.
Questionada sobre a legalização do aborto e também do que acha da lei que pune mulheres que aborta, ela respondeu:
“É complicado implantar uma lei tão polêmica no Brasil por causa da falta de educação. As pessoas não têm acesso à comida. É difícil exigir que entendam isso porque esbarra em religião e coisas profundas. Não posso dizer que sou a favor porque vou afrontar muita gente. Agora tem que criar uma lei específica para casos como estupro. A saúde também precisa ajudar. Aborto clandestino é o que mais acontece e mata gente.”
“Temos que começar fazendo valer a lei, de que se a mulher foi estuprada, tem direito ao aborto. Mas acho que podia ampliar um pouco, sim. Deveríamos ter políticas de saúde melhores para que isso não precisasse acontecer. Se ela decidiu isso, não foi porque quis engravidar. Religiosamente é muito complicado, do ponto de vista energético está errado. E a mulher tem que ter o direito de escolher. Eu acho [risos].“
É, Angélica já mostra que aprendeu um pouco sobre política. As palavras devem ser colocadas com cuidado.
Grande retrocesso seria trocar uma primeira-dama como Michelle Bolsonaro por uma Angélica que acha que “a mulher deve escolher” se tira ou não a vida de um inocente.