Por Rafael Miranda
Nessa semana, repercutiu na capital o caso da dona de casa Josivania Rodrigues, moradora da região sul de Palmas, que está sem trabalhar há dois anos por não conseguir vagas nas creches para seus quatro filhos. O vereador Lúcio Campelo (PR) vem acompanhando a realidade das creches e solicitou desde o final de outubro, todos os dados da Secretaria de Educação sobre o quantitativo de vagas e a lista de espera com o cadastro das crianças.
Contudo, a prefeitura de Palmas tem se negado a repassar as informações para a Câmara Municipal, atrapalhando a atividade legislativa e fiscalizadora dos vereadores. A respeito da educação, existe um déficit de mais de 1.300 vagas só em Palmas, e o vereador Lúcio Campelo tenta soluções para o problema, mas esbarra na gestão Amastha.
“O problema é que o prefeito Carlos Amastha atrasou a conclusão de sete CMEI’s que seriam entregues esse ano, de olho nas eleições estaduais de 2018, na tentativa de se promover fazendo uso da máquina pública. Isso não é aceitável, e a população não merece passar por essas dificuldades, só para satisfazer a sede de poder desse prefeito”, disparou Lúcio Campelo.
Sobre a quantidade de vagas que estão em falta, o vereador chama atenção para o quantitativo que pode ser ainda maior. “Como a prefeito Amastha não fornece as informações que nós vereadores solicitamos, é impossível saber exatamente quantas vagas ainda faltam na Capital, a realidade então pode ser ainda pior.”
A respeito do caso de Josivânia, a mãe contou que sai mais em conta para o orçamento da família, que ela mesmo cuide dos filhos, ao invés de contratar uma babá, fazendo com que a única renda familiar venha do trabalho de seu marido. O dilema de Josivânia é o mesmo de muitas famílias na Capital, pois agora as inscrições para os creches estão abertas, contudo, milhares irão ficar sem o atendimento.
Campelo ainda criticou a falta de compromisso do secretário Danilo de Melo, que não tem priorizado investimentos para a educação. “O serviço das creches é essencial, muitas famílias dependem desses locais para deixar seus filhos enquanto estão trabalhando. Elas não tem condições financeiras de pagar alguém para cuidar. Será que o secretário Danilo de Melo não consegue ver isso? Falta compromisso social para esse cidadão que ainda se diz professor, mas que não cuida em nada da educação palmense”.
E não de hoje que se tenta resolver o problema das creches em Palmas, comenta o vereador. “Ano passado, a Defensoria Pública entrou com uma Ação Civil Pública contra a prefeitura de Palmas solicitando com urgência a ampliação do número de vagas para, mas novamente a gestão ignorou os apelos da Defensoria”.