Da Redação JM Notícia
A aluna S.S.P 14 anos, esteve nesta quarta-feira (22) na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA/TO) para prestar depoimento sobre a palestra de sexualidade que foi ministrada na escola.
Em 14 de novembro os alunos de 11 a 14 anos da Escola de Tempo Integral Anísio Spínola Teixeira foram levados para o auditório para participarem de uma palestra oferecida pela Fundação Municipal da Juventude em parceria com a Secretaria de Educação.
A palestra sobre sexo gerou polêmica na cidade, pois a palestrante, agora identificada como Sâmia, teria simulado sexo oral no dedo de um menino e nos dedos de uma menina, após ensiná-los a colocar camisinha masculina e feminina. Segundo a aluna, a palestrante teria dito aos alunos que os ensinaria a “pagar boquete” e depois ensinou-os como usar gel lubrificante para sexo anal.
O depoimento de Shirley no Termo de Declarações é o mesmo apresentado por ela em uma carta que foi divulgada no JM Notícia. A diferença é que desta vez a adolescente de 14 anos citou o nome da palestrante e das crianças que foram escolhidas por ela para as demonstrações.
Outro detalhe acrescentado pela aluna do ETI neste documento é os alunos ficaram das 8h40 às 11h assistindo a palestra e não era permitido sair do auditório. Por fim ela declara que o professor Fabio teria dito aos alunos, no final da palestra, que esquecessem o que haviam ouvido ali, “pois aquela palestrante nada sabia”.
Leia:
Caso deixou parlamentares perplexos
Os relatos do que foi ensinado na palestra “E Agora” deixou os parlamentares de Palmas assustados, tanto que na segunda-feira (20) Diogo Fernandes, Milton Neris, Lúcio Campelo e Filipe Martins e o suplente de vereador Major Edvardes, estiveram conversando com os pais e com os alunos e ouviram a confirmação que de fato a palestra aconteceu como vem sendo noticiado.
Ao ouvir os relatos de um menino de 12 anos, o vereador Diogo Fernandes ficou perplexo. “Hoje o que constatamos naquela escola ultrapassou todos os limites da responsabilidade”, declarou o parlamentar que pediu uma audiência pública sobre o tema.
Na terça-feira, a Câmara, através da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) aprovou o requerimento de Lúcio Campelo convocando os secretários de Educação e Juventude para esclarecerem os fatos. Os secretários são aguardados nesta quinta-feira (23) na Câmara.
Eli Borges pede que caso seja tratado na Justiça
O deputado estadual Eli Borges declarou que o caso deve ser levado para a Justiça, pois Constituição Federal, o ECA e os planos de educação Nacional, Estadual e Municipal já determinaram como o assunto sexo e ideologia de gênero devem ser tratados.
“As questões ideologia de gênero e sexualidade devem ser conduzida nas escolas através do livro de biologia, respeitando as faixas etárias”, lembrou o deputado que faz parte do Conselho Estadual de Educação.
Ele também defendeu que os responsáveis devam ser identificados e punidos, pois houve excessos durante a ministração da palestra.