Milhares de pessoas saíram às ruas do Panamá , pedindo ao Supremo Tribunal de Justiça que se pronunciasse a favor da família tradicional diante de algumas ações movidas por casais homossexuais em busca de “reconhecimento de sua união” .
A manifestação foi convocada e organizada por entidades pró-família, lideradas pela Aliança Panamenha pela Vida e pela Família.
Os líderes evangélicos apoiaram a marcha e encorajaram a participação de outros crentes . Alguns deles falaram durante o evento. Líderes de organizações católicas e cívicas também se juntaram à marcha.
“Os panamenhos não acreditam em outra fórmula de casamento que não seja um homem e uma mulher”, disse José Luis Delgado, presidente do Comitê Nacional para a Família do Panamá, à agência de notícias EFE .
Com bandeiras panamenhas e máscaras, milhares de manifestantes em defesa da família “enviaram aos juízes uma mensagem alta, clara e forte ”, disse Delgado.
“Estamos aqui para que os magistrados, de uma vez por todas, passados quase 4 anos, se pronunciem a favor da constitucionalidade do artigo 26 do Código da Família , que diz que o casamento é entre homem e mulher”, frisou.
Delgado lembrou que o Panamá “garante e protege o casamento entre um homem e uma mulher, porque é a única forma de garantir que haverá novos cidadãos ”.
Debate público
Três casos de casamentos do mesmo sexo celebrados no exterior ainda aguardam decisão no Supremo Tribunal de Justiça e na Justiça Eleitoral do Panamá desde 2016. Dois deles buscam invalidar o Código de Família e legalizar os casamentos homossexuais.
O debate sobre o casamento gay voltou à cena pública quando a relatora sobre os direitos da comunidade LGBT da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Flavia Piovesan, fez um “apelo veemente” ao Panamá para que cumprisse a implementação do Opinião Consultiva 24 da CIDH.
Este parecer consultivo, adotado em 2017 e publicado em janeiro de 2018, exorta os países da região a garantir vários direitos, incluindo a união de pessoas do mesmo sexo.
(Com Evangelical Focus)