O veto parcial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao perdão da dívida bilionária de igrejas com a União foi um dos temas do almoço entre o mandatário e integrantes da bancada evangélica nesta quarta-feira (16).
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De acordo com parlamentares que participaram do almoço, Bolsonaro quis reiterar, logo no início, que, se fosse deputado ou senador, votaria pela derrubada do veto. A posição foi a mesma que o presidente manifestou nas redes sociais, logo após a decisão.
À CNN, esses parlamentares descreveram o encontro como uma “tentativa de lavar roupa suja no casamento” entre Bolsonaro e o grupo, mas ocorreu em clima de descontração. O almoço foi oferecido pelo deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG).
A anistia das dívidas de igrejas enfrentava resistência da equipe econômica e também foi desaconselhada pelos assessores jurídicos do presidente, que alertaram para o risco de crime de responsabilidade, o que poderia abrir brecha para um eventual processo de impeachment.
A Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou, em nota, que o presidente apoia a não tributação de templos e que, apesar dos vetos, o governo irá propor “instrumentos normativos a fim de atender a justa demanda das entidades religiosas”.
“Embora se reconheça a boa intenção do legislador, alguns dispositivos não atenderam as normas orçamentário-financeiras e o regramento constitucional do regime de precatório, razão pela qual houve a necessidade da aplicação de vetos”, diz a nota.
Fonte: CNN BRASIL