O Ministério Público do Tocantins (MPTO) requisitou nesta quarta-feira, 10, informações à Ordem dos Ministros Evangélicos de Palmas (OMEP/TO), a respeito de evento religioso supostamente marcado para acontecer na Praça dos Girassóis, neste próximo sábado, 13. Órgão diz que notícia sobre o evento que pode reunir cerca de 2 mil pessoas “surpreende” devido ao momento de restrições decretados pelas autoridades.
Ato profético
O pastor Mauro Estival, que é ex-presidente da Ordem dos Ministros do Evangelho de Palmas (OMEP), confirmou a realização do momento de Oração por Palmas e pelo Tocantins, um ato profético que começará às 17h. Todas as igrejas evangélicas de Palmas estão sendo convidadas para participarem. “Ainda estamos confirmando a quantidade, hoje esta em 2 mil [pessoas]”, informou Estival.
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Sem problemas
A quantidade de participantes pode gerar aglomeração, o que está proíbido por um decreto assinado pela Prefeitura da capital. Mas para o pastor, o espaço escolhido tem 3.200 metros, ou seja, as pessoas poderão participar sem ficarem muito próximas uma das outras.
O ato de oração acontece diante de um impasse entre as igrejas da capital e a Prefeitura. Nesta segunda-feira (8) vários estabelecimentos voltaram a funcionar após decreto da prefeitura Cinthia Ribeiro (PSDB), porém as igrejas continuam sem poder realizar cultos presenciais.
Decretos em vigor
A promotora de Justiça da área da Saúde, Araína Cesárea D’Alessandro, reforçou que ainda estão em vigor os decretos estadual e municipal que impedem a realização de atividades religiosas presenciais, devido, sobretudo, ao distanciamento social ampliado recomendado para o Estado do Tocantins.
Além disso, no início de maio, o Gabinete Permanente Interinstitucional (GPI) emitiu uma recomendação orientando que as entidades religiosas cumpram os decretos de enfrentamento da Covid-19 e substituam as atividades presenciais por meio alternativos. “Todas as entidades religiosas têm a opção de utilizar a tecnologia e outros meios para substituir as atividades presenciais enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus ou não houver alteração dos decretos municipais”, destacou.
A OMEP/TO tem até 24 horas para responder o ofício expedido pelo MPTO. A Prefeitura de Palmas também foi oficiada pelo Ministério Público para a prestar informações a respeito desse fato.