De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Covid-19 (coronavírus) chegou a 25 países da África Subasaariana. Os mais atingidos pelo coronavírus foram África do Sul, Senegal, Burkina Faso, Ruanda, Camarões, Etiópia e Somália. Os especialistas já previam a contaminação dessas áreas por causa do frequente tráfego com a China. Porém, a OMS afirmou que os casos confirmados foram importações esporádicas de países europeus como Itália, França, Alemanha e Espanha.
Os líderes mundiais, como Michel Yao, gerente do Programa de Operações de Emergência da Organização Mundial da Saúde para a África, já haviam manifestado a preocupação com o continente por causa do abarrotamento dos sistemas de saúde. “Será uma grande luta, porque os serviços de saúde estão bastante sobrecarregados para lidar com doenças em curso, como malária e sarampo, e o atual surto de Ebola”, disse Yao em entrevista ao The New York Times.
Outro fato que agrava a situação no continente é que a maioria dos hospitais localizados fora das capitais não possui unidade de terapia intensiva (UTI). Alguns infectados pelo coronavírus exigem esse cuidado especial. Porém, algumas medidas já foram tomadas para conter a contaminação, como a proibição de viagens e o trânsito por países de alto risco como Itália, Irã, Coreia do Sul, Espanha, Alemanha, França, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e China.
Ações para conter o Covid-19
Madagascar, por exemplo, tomou uma precaução mais drástica como cancelar os voos de entrada na ilha. Já Camarões fechou as fronteiras. Mas Gana foi o território que tomou a decisão mais rigorosa ao impor 14 dias de quarentena para as pessoas que chegaram de outros países. Apesar das ações rápidas de algumas nações, outras preocupam a OMS pela demora na resposta, como Burkina Faso. Apesar de ter fechado escolas, universidades e proibir reuniões públicas, a decisão não afetou os encontros religiosos. “Todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia aumentando sua preparação ou resposta às emergências. Os casos ainda podem ser baixos na África e podemos continuar assim, com ações robustas de todo o governo para combater o novo coronavírus”, manifestou a autoridade.
A Portas Abertas na região trabalha de acordo com as diretrizes da OMS e uma das ações foi cancelar as viagens até o fim de março. O diretor de trabalho de campo na África, JP Pretorius, comentou: “Não temos medo porque confiamos na orientação e proteção do Senhor. No entanto, a situação atual exige decisões difíceis como parte de nosso dever de cuidar e desempenhar nosso papel no apoio aos esforços globais, para impedir a propagação desta doença”.
Ele pede para que os irmãos e irmãs ao redor do mundo não se esqueçam da Igreja Perseguida, já que os incidentes contra cristãos seguem acontecendo. “Por favor, continuem orando pela proteção do Senhor sobre os membros da equipe enquanto ministram à igreja”, completa.