Da redação JM
Pastor José Gonçalves, teólogo e escritor assembleiano, comentou em suas redes sociais sobre a possibilidade de um ministro evangélico no Supremo Tribunal Federal, assunto cogitado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro durante participação na AGE da Conamad no final de maio. Para Gonçalves, que concorda com um ministro do segmento na Corte, há algumas características que deveriam ser levadas em consideração sobre esse nome evangélico no STF.
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O primeiro ponto que considera importante é que o possível ministro evangélico não seja um pastor. O motivo, explica, é que o pastor de verdade não trocará sua vocação ministerial por cargos e títulos.
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“Não creio que um pastor vocacionado troque a sua chamada por outra (1 Tm 3.1; 2 Tm 1.4), mesmo que seja um ministro do STF ou até mesmo a Presidência da República. Um pastor de verdade foi chamado para pastorear a igreja, ele não trocar o púlpito pela toga nem tampouco pelo palanque. Em hipótese nenhuma pode ser um pastor que tenha seu nome ou da igreja sob seu pastoreio citados na Lava-jato.”
Gonçalves ainda pontua que esse nome não poderia ser “um evangélico que defenda o aborto, a ideologia de gêneros e a legalização das drogas”, um “desigrejado” ou um ” que já trocou de esposa (o) sem a justificativa dada pelos evangelhos”.
Ele ainda cita outras características necessárias para que este nome viesse realmente a honrar o segmento na Suprema Corte, além de testemunhar e glorificar o nome de Deus em sua postura como um magistrado do STF.
Confira:
UM EVANGÉLICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O Presidente Jair Bolsonaro provocou êxtase na comunidade evangélica com a sugestão de ter um evangélico como ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF). Eu também gostaria que isso acontecesse, mas tenho algumas ponderações a fazer:
1. Não deve ser um pastor. Calma! Explico. Não creio que um pastor vocacionado troque a sua chamada por outra (1 Tm 3.1; 2 Tm 1.4), mesmo que seja um ministro do STF ou até mesmo a Presidência da República. Um pastor de verdade foi chamado para pastorear a igreja, ele não trocar o púlpito pela toga nem tampouco pelo palanque. Em hipose nenhuma pode ser um pastor que tenha seu nome ou da igreja sob seu pastoreio citados na Lava-jato.
2. Não deve ser um evangélico que defenda o aborto, a ideologia de gêneros e a legalização das drogas.
3. Não deve ser um evangélico, que agora como juíz do STF, acha que tem o direito de legislar, interferindo assim no trabalho do parlamento. Quer legislar, então deve tirar a toga e se submeter ao escrutínio das urnas.
4. Não deve ser apenas um bacharel em direito ou um advogado. Nada contra os bacharéis ou advogados, mas o simples diploma de bacharel em direito e a carteira da OAB não torna ninguém jurista da mesma forma que o bacharelado em história não torna ninguém historiador nem tampouco uma formatura em Filosofia torna alguém filósofo. Mantenho aqui a definição de “Jurista” conforme dada pelo Dicionário de Aurélio: “Homem versado na ciência do direito. Um jurisconsulto”.
5. Não deve ser um evangélico que já trocou de esposa (o) sem a justificativa dada pelos evangelhos (MT 5.31-32).
6. Não deve ser um evangélico desigrejado. O desigrejado ou “crente indeterminado” é alguém sem referenciais na vida.
7. Não deve ser um evangélico apenas humanista. A sua cosmovisão deve refletir o paradigma da cultura judaico-cristã.