Da redação
O analista de patrimônio, Geraldo Martins de Melo, de 38 anos, irmão de Marilene Martins Melo, de 52 anos, uma das vítimas da tragédia, contou que Guimarães foi bloqueado de um grupo de Whatsapp da igreja, há cerca de um mês, por mal comportamento e por isso queria se vingar.
“Ele chegou ao local por volta das 19h, arrancou o portão, passou por uma porta de vidro e adentrou pelo salão da igreja chamando pelo nome do pastor. Ele gritava que queria matar o pastor. ‘Se você não aparecer aqui, vou começar a matar pelo seu pai’, e foi o que ele fez”, explicou.
Melo contou que Guimarães era conhecido da família, mas que com o passar dos anos os familiares se distanciaram porque ele tomou outros rumos na vida. ” Ele cresceu conosco, mas aos poucos começou a trilhar por caminhos tortos. Nos distanciamos justamente porque ele era ‘bagunçado’ aqui na cidade”, disse.
Segundo Melo, Marilene tinha função de acolher e orientar os fiéis. “Minha irmã tentou acalmá-lo. Mas ele estava muito agressivo e atirou em uma fiel e na sequência pegou Marilene como refém. Não obedeceu a ordem da polícia e deu um tiro na nuca dela”, disse.
Policiais militares atiraram contra Guimarães com um fuzil – o disparo o acertou na clavícula. Ele foi internado o Hospital Municipal de Paracatu (HMP), passou por cirurgia e seu estado saúde é estável, sem previsão de alta da unidade.
O pastor Evandro Rama está internado na enfermaria cirúrgica do HMP com quadro clínico estável.
O tenente coronel Luiz Magalhães, do 45º Batalhão da Polícia Militar de Paracatu, disse nesta quarta-feira, 22, que o assassino tinha problemas psiquiátricos e consta registro na polícia por tráfico de drogas.
” Os relatos que colhemos de alguns frequentadores da igreja indicam que Rudson apresentava algum distúrbio psiquiátrico. Segundo os fiéis, ele tinha alucinações, comportamento agressivo e nos últimos tempos andava muito insatisfeito por ter sido retirado de alguns trabalhos da igreja”, explica.
Em nota, a prefeitura municipal de Paracatu lamentou os falecimentos e decretou luto oficial de três dias.
(Com Estadão)