Da redação
O pastor Alexandre de Souza e Silva, de 48 anos, acusado de matar a também pastora Ailsa Regina Navarro Gonzaga, de 40, enfrenta o júri popular nesta sexta-feira (17), no Fórum de Guapó, Região Metropolitana de Goiânia. O Ministério Público afirma que o réu cometeu o assassinato por não aceitar o desejo da mulher em romper um relacionamento amoroso entre eles. Já a defesa dele diz que o caso foi de legítima defesa.
O crime ocorreu em novembro de 2017. Segundo a denúncia, a vítima foi esfaqueada em uma mata de Aragoiânia. O réu está preso desde no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia desde a época do assassinato.
O julgamento é presidido pela juíza Rita de Cássia Rocha Costa. O júri é composto por cinco mulheres e dois homens. Cinco testemunhas foram chamadas.
O promotor de Justiça Marcelo Franco afirma que a investigação coletou provas suficientes para condenar Marcelo pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima, feminicido e ocultação de cadáver.
“Temos relatos de testemunhas afirmando que eles tinham uma relação conturbada e que ela não queria mais ter nada com ele, o que indicaria a motivação. Também há interceptações telefônicas na qual ele confessa para uma mulher, que seria a esposa dele, ter cometido o crime”, declara.
Já o advogado de Alexandre, Leonardo Luiz, alegou que seu cliente agiu em legítima defesa por ter sido atacado por Ailsa. “Ele agiu em legítima defesa. Ela tentou matar ele com a faca e, para não ser vítima de um homicídio, reagiu”, pontua.
Essa foi a mesma versão que Alexandre apresentou ao ser apresentado à imprensa após ser preso. Ele também alegou que tinha receio de que a Ailsa o denunciasse por ser foragido da Justiça.
“Ela ficava me perseguindo, também me denunciava para a polícia porque era foragido. No dia que a matei, ela entrou no assunto que tinha de viver com ela, falei que não gostava mais dela, e ela tentou me golpear”, declarou, na época. Ele também disse que foi ferido pela vítima.
Crime
Ailsa saiu de casa, em Goiânia, no dia 8 de novembro, dizendo que ia alugar outro imóvel, e não foi mais vista com vida. Alexandre foi preso no dia 28 de dezembro de 2017 e confessou que cometeu o crime após uma discussão. Ele indicou à polícia onde estava o corpo da vítima.
A polícia explicou que a identidade da pastora foi confirmada a partir da aliança e das sandálias que ela usava, também encontradas na mesma cova rasa.
(Com G1)