Da redação
Portugal continua a ser um país de maioria católica mas nos últimos cinco anos foram registadas 97 novas igrejas, à média de mais de uma por mês, noticia este sábado o semanário Expresso.
Segundo dados do Ministério da Justiça, na última década foram registadas 853 novas igrejas. Desse total, 90% são evangélicas.
A par dos evangélicos, também o número de mórmones continua a crescer e acompanhando a tendência decrescente dos fiéis católicos iniciada em meados dos anos 1970 com o regresso dos portugueses – uns protestantes, outros evangélicos e ainda muçulmanos – radicados nas antigas colônias africanas.
O crescimento dessa diversidade religiosa em Portugal prosseguiu com a chegada de hindus, mórmones e, nos anos 1990, da chegada de imigrantes oriundos do Leste europeu, maioritariamente cristãos ortodoxos.
Lisboa, vista pelos especialistas como um espaço que reflete a realidade nacional em matéria de diversidade religiosa, revela uma outra tendência: o aumento do número de crentes que dizem não ter religião.
“É uma espiritualidade que perdeu ligação à religiosidade mais institucional. A resposta espiritual que as pessoas deixaram de encontrar, por exemplo, nas paróquias, foram procurar nas igrejas evangélicas e em filosofias orientais, como o budismo, hinduísmo ou ioga, que têm crescido”, diz ao Expresso Paulo Mendes Pinto, especialista da Universidade Lusófona.