Por Antonio Bandeira
Durante o debate sobre a sucessão política de 2018 eu insisti exaustivamente numa questão central: muitos eleitores estavam preocupados em eleger um Presidente diferente (honesto) mas não mostravam a mesma preocupação com a disputa de deputados e senadores. O resultado mostrou que minha preocupação era legítima. A atual composição do Congresso Nacional dá sinais claros de que a pauta da maioria dos parlamentares não são aquelas exigidas pela maioria dos brasileiros: o combate à corrupção e violência e o fortalecimento da economia brasileira.
O que está evidente é uma relação beligerante do legislativo, representado por Rodrigo Maia, com o executivo, comandado por Bolsonaro.
O governo Bolsonaro, em termos concretos de gestão, apresentou duas propostas cruciais para a recuperação moral, política e econômica do País: o Pacote Anticrime e a Proposta de Reforma da Previdência, dos Ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes, respectivamente.
O Pacote Anticrime já foi retirado da agenda do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a Reforma da Previdência começa a sofrer uma verdadeira desidratação como forma de retaliação do Legislativo contra o Governo Bolsonaro.
O motivo do confronto estabelecido pelo Legislativo Federal contra o atual governo é evidente: os deputados querem “articulação, conversar com o executivo”. Esta é a desnudação pública da forma mais vergonhosa de fazer política, que virou regra no Brasil: o presidencialismo de coalizão – famoso toma lá, dá cá.
+ Antonio Bandeira tem contas aprovadas pelo TRE-TO
Sou sincero em dizer que não vejo a possibilidade dessa realidade apresentada resultar em coisas boas para o Brasil. Já assistimos esse filme na nossa história recente…
A queda de braço, Legislativo X Executivo, é péssimo para o Brasil nesse momento.
Poderia está sendo tudo diferente, se a gente não tivesse elegido os “Maias” para o Congresso Nacional. Eles não vão ceder; querem cargos e vantagens em troca de qualquer coisa que dependa de votação na Câmara e no Senado. Enquanto isso, muitos deputados e senadores “novatos” se acovardam, no silêncio confortável do baixo clero.
Antonio Bandeira é graduando em direito.