Da redação JM
Em meio ao caos gerado pelo ciclone Idai que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas em Moçambique, segundo dados da agência humanitária da ONU, uma história de fé e contentamento cristão tem emocionado a internet.
No vídeo, Maria, uma evangélica que mora em Praia Nova, favela da parte baixa da cidade de Beira, mostra como a fé em Jesus tornou os cristãos dali contentes, mesmo em meio ao sofrimento. O bairro onde foi gravado o testemunho fica localizado numa praia que foi atingida frontalmente pelo ciclone.
Postado no início da noite desta terça-feira, 26, o vídeo já tinha milhares de visualizações e centenas de compartilhamentos.
O relato emocionante de Maria foi dado durante uma entrevista ao jornalista e teólogo Antônio Carlos Costa, que é fundador da ONG Rio de Paz. A Rio de Paz é uma das organizações que tem mobilizado ajuda para o povo de Moçambique.
No vídeo, ela fala de sua fé e alegria em servir a Cristo.
Evangélica da Igreja Videira, Maria, ao ser questionada por Antonio Carlos sobre o que pediria que Jesus fizesse pelo local que foi atingido pelo ciclone, diz o seguinte:
“A princípio queria que toda gente conhecesse a Jesus, se convertesse. Jesus é o caminho, a verdade e a vida…Jesus é a base, só Ele que pode mudar“.
Vendo a fé ousada que Maria cultiva, o jornalista fez uma pergunta ainda mais sensível, mas que não tirou o sorriso de seu rosto e a alegria de mais uma vez falar de como é feliz servindo a Cristo.
Após mostrar na filmagem a pobreza da localidade onde estavam, ele pergunta a Maria o que a leva ela crer que Jesus a ama apesar de viver em um lugar tão pobre como aquele.
Ela, com sabedoria, responde: “Eu creio no seu nome. Creio que Ele morreu por mim, por todos nós. Ele não veio para escolher, veio para todos. Assim como aos ricos, pobres. Eu creio que Ele está dentro desse bairro, Ele vive aqui no meu coração. Ter Jesus foi o melhor presente que eu recebi na minha vida!“.
Assista:
IMPACTANTE
O pastor Antônio Carlos Costa disse no texto que escreveu junto ao vídeo onde Maria testemunha que andou pela região, visitou igrejas, conversou com missionários brasileiros e pastores locais. Ouviu dezenas de moradores. E pode ter uma ideia da extensão do desastre, e da noite de terror vivida por milhões de moçambicanos.
Disse ainda que o que mais o perturbou foi a visita à Praia Nova, local onde Maria vive.
“Casas que desmoronaram, marcas de inundação, telhados que vieram abaixo, lama, mosquito, mosca, crianças perambulando pelas ruas de barro, pais sem saber como recomeçar a vida. Senti uma impotência que jamais experimentei no Brasil. Rapazes e moças ansiosos por trabalhar, vivendo na extrema pobreza, mas sem nenhuma perspectiva de encontrar emprego“, relatou.
Mas, mesmo em meio a tanta desgraça, recebeu algo fez muito bem ao seu coração: o testemunho de Maria. Por isso resolveu disponibilizar na internet, para que mais pessoas sejam tocadas também.
O ciclone
A passagem de um ciclone, seguida de fortes tempestades que duraram dias, deixou mais de 600 mortos em Moçambique, Zimbábue e Maláui, três países do oeste da África.
Segundo a ONU, cerca de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas nas últimas semanas. A força dos ventos e das inundações destruiu casas, plantações e estradas. Com isso, falta água potável, comida, remédios e abrigo. Muitas pessoas ficaram isoladas por dias sem ter o que comer nem onde se proteger das chuvas.
A ONU estima que serão necessários ao menos US$ 337 milhões para custear os três primeiros meses de ajuda humanitária aos países. Até esta terça (26), apenas 2% desse total havia sido obtido.
Organizações humanitárias brasileiras e internacionais estão atuando nestes países para ajudar as vítimas.
O Rio de Paz, ONG dirigida pelo pastor Antônio Carlos Costa, é uma das organizações que tem se proposto a contribuir e para isso dará início a campanha para ajuda humanitária aos moradores de Beira.
Caso queira contribuir, pode clicar no link a seguir e pegar mais informações com o pastor: