O presidente da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), Walter Ohofugi, se reuniu, neste sábado, 13 de fevereiro, o arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães, para tratar das ações que a campanha contra o caixa 2 nas eleições municipais realizará no Tocantins. A campanha, uma iniciativa conjunta da OAB Nacional e da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), será executada pela Ordem e pela Igreja Católica em todo o País.
A reunião ocorreu na sede da Arquidiocese de Palmas e Ohofugi estava acompanhado do diretor-tesoureiro da OAB-TO, Ildo Cótico, e do presidente da Acipa (Associação Comercial e Industrial de Palmas), Kariello Coelho. A ideia é envolver outras entidades civis e representativas na campanha para, com isso, dar mais força à iniciativa.
Ohofugi explicou que, depois que a OAB Nacional, em conjunto com outras instituições, encampou uma luta que culminou com o fim das doações eleitorais por parte das empresas, o combate ao caixa 2 é a segunda parte do processo, pois evita que o dinheiro ilegal irrigue as campanhas eleitorais. “O dinheiro ilegal ou ilícito é a raiz de muitas mazelas na administração pública. A gestão pública já começa errada tento que errada quando há financiamento ilegal. E quem paga essa conta somo nós”, destacou Ohofugi, ao explicar importância da campanha.
O arcebispo Dom Pedro Guimarães destacou a importância da ação conjunta e defendeu que as campanhas eleitorais não podem ser vencidas pelo dinheiro. “Com certeza temos que fazer alguma coisa, a sociedade precisa agir. Hoje, só entra (só se elege) quem tem dinheiro”, salientou o religioso.
O arcebispo disse que a atuação conjunta da Igreja e dos advogados vai ocorrer. Ohofugi, além de fazer o primeiro contato para acertar a atuação conjunta, convidou o arcebispo para o lançamento da campanha contra o caixa 2, que vai ocorrer em cerimônia na OAB, no dia 26, com a presença do juiz Marlon Reis, magistrado que foi um dos responsáveis pelo trabalho que culminou com a aprovação da Lei Ficha Limpa.
Atuação
Primeiramente, a ideia é que o trabalho conjunto da OAB e da Igreja Católica seja formando comitês em Palmas e no interior do Estado. “A ideia é que onde tenha uma OAB, ou uma paróquia, seja montado um comitê para receber denúncias de caixa 2”, explicou Ohofugi, dizendo que depois essas denúncia serão analisadas em conjuntas para serem encaminhadas à PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) e para a Justiça Eleitoral.
Fraternidade
Por outro lado, o arcebispo aproveitou para convidar a OAB para ser parceira da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, que neste ano é saneamento básico. Tanto Dom Pedro, quanto Ohofugi, concordam que saneamento é um problema sério no Brasil e no Estado e as gestões públicas resistem a promover os investimentos necessários.