O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, acredita que uma ofensiva terrestre na Síria pode resultar em “uma nova guerra mundial”.
É um grande contraste com o anúncio de “cessar de hostilidades”, feito pelo secretário de Estado americano John Kerry. Essa foi a decisão do Grupo Internacional de Apoio à Síria – do qual participam Estados Unidos, Rússia, União Europeia, Turquia, Irã e Arábia Saudita – reunidos na Alemanha esta semana. Porém, não se aplica à luta contra grupos islâmicos jihadistas como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra, segundo a BBC.
Analistas militares têm dito que as forças pró-governo, lideradas pelos russos, planejam uma invasão terrestre. Por outro lado, as tropas lideradas pelos Estados Unidos desejam a derrubada do presidente Bashar Al Assad antes do fim do seu mandato.
“As ofensivas terrestres geralmente resultam em uma guerra que acaba sendo permanente”, advertiu Medvedev. Ele pediu que “todas as partes devem sentar-se à mesa de negociações ao invés de desencadear uma nova guerra mundial”.
Em tom de ameaça, disparou: “Os americanos e nossos parceiros árabes precisam pensar muito sobre isto. Eles querem uma guerra permanente?”. Em seguida, justificou: “No mundo árabe… todo mundo combate todo mundo… Tudo é muito mais complicado. Pode levar anos ou décadas”.
Segundo a publicação do jornal Independent neste sábado (13), a Arábia Saudita e a Turquia – ambos aliados dos EUA – estão prontos para iniciar a invasão por terra. Milhares de soldados e dezenas de caças estão a postos, anunciou o ministro do das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Ao mesmo tempo, Adel al-Jubeir, ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, desafiou os russos, afirmando que eles não impedirão a destituição de Assad.
Não foi anunciada uma data, mas o jornal acredita que será dentro de pouco tempo. Enquanto líderes mundiais fazem uma “queda de braço militar”, o sociólogo argentino-americano Carlos Alberto Torres, faz uma análise sombria: “a terceira grande guerra mundial deve surgir nos próximos anos a partir de conflitos no Oriente Médio, provavelmente incitados por grupos terroristas como o ISIS, Boko Haram e Shabat… Há leituras islâmicas que apontam que essa confrontação está se dando entre o mal e o bem. O bem é o Islã e o mal é o ocidente”.
Com informações de Daily Mail