Na manhã do dia 29 de agosto, 43 índios Xerente desceram às águas no batismo demonstrando a sua confissão de fé em Jesus Cristo como salvador das suas vidas.
O batismo aconteceu na Aldeia Salto no município de Tocantínia-TO, que é acompanhada pelo missionário pastor Rinaldo de Mattos e sua esposa Gudrun de Mattos. A maioria são de jovens assumindo um compromisso com Jesus Cristo, que segundo o pastor Rinaldo começaram a ouvir o Evangelho quando ainda eram crianças. “Armando e Betania Xerente, ganharam vários deles, que agora como jovens estão sendo batizados, além de Valci Xerente, que realiza cultos com os jovens todo sábado”, explica o pastor Rinaldo. Mas no meio dos jovens também foi batizado um ansião, o índio Pedro Xerente, que é pai de um dos dirigentes na aldeia, o Silvino Xerente.
Segundo o pastor Rinaldo, esta festa do batismo tem ainda um maior significado por os novos crentes serem frutos do trabalho dos próprios indígenas. “Esse batismo é importante em muitos aspectos, um deles é que os novos batizados são frutos diretos dos nossos discípulos, eles é quem ganharam esses jovens para Cristo. Vale a pena fazer discípulos que fazem discípulos”, informa pastor Rinaldo.
Pastor Rinaldo juntamente com a Igreja em Tocantínia momento antes do batismo. Foto:Divulgação/BatistasTocantins
O discipulado vem sendo realizado pelos índios de casa em casa e também por meio da dança, teatro e celebrações. “A obra indígena tem o seu preço, e às vezes o preço é o tempo e muita gente não quer gastar todo aquele tempo, mas vale a pena. Com até 30 anos de missão tínhamos um crente aqui, um crente lá e nenhum sinal de igreja, e foi depois desses 30 anos de ministério para frente que começaram a aparecer os frutos, mas também apareceram como sementes jogadas em terra boa”, declara pastor Rinaldo.
Batismo de um dos dezenas de índígenas convertidos na Aldeia Salto em Tocantínia. Foto:Divulgação/BatistasTocantins
O batismo foi realizado nas águas do Rio Tocantins com a presença das famílias dos batizandos, de líderes indígenas da Aldeia Salto, também dos pastores e missionários batistas em Tocantínia e liderança da Convenção Batista do Tocantins.
Culto de Batismo
A celebração do batismo começou com um Culto em Gratidão à Deus pelo trabalho realizado dentro da Aldeia e que tem sido desenvolvido pelos próprios índios. O culto foi conduzido na língua Xerente e foram entoados hinos de louvor pelos 43 novos batizados e cantadas composições inéditas criadas por ministros de louvor.
Igreja a beira do Rio Tocantins para realização do batismo. Foto:Divulgação/BatistasTocantins
A palavra foi ministrada pelo pastor Guenter Carlos Krieger e logo após toda a Aldeia e os batizandos desceram à beira do Rio Tocantins para celebrarem os batismos, que foram conduzidos e realizados pelos líderes e dirigentes indígenas.
Para o dirigente indígena Pedro Xerente, é uma alegria realizar esse batismo. “Nós como líderes ficamos felizes em ver os nossos irmãos, em Cristo agora, e que foram evangelizados por nós, seguindo os ensinamentos de Jesus e o primeiro deles foi o batismo. Nunca aconteceu antes de batizarmos essa quantidade de pessoas, mas Deus já havia marcado esta data, que hoje está acontecendo, e de agora para frente vamos ajudar esses jovens a serem futuros líderes para ganharmos o nosso povo para Cristo”, declarou Pedro Xerente.
Evangelho de casa em casa
Segundo o pastor Rinaldo Mattos, o evangelho pregado de casa em casa é uma das maneiras em que os Xerente estão aprendendo, dentro da sua realidade, a fazer a sua própria igreja.
Pastor Rinaldo e sua esposa Gudrun de Mattos são os missionários batistas que atuam naquela região. Foto:Divulgação/BatistasTocantins
“Os índios estão fazendo muitas vigílias noturnas com a iniciativa de impedir que o novos crentes participem de festas regadas por bebidas alcoólicas, que acarreta com muitas brigas e até mesmo com mortes. Depois da vigília, eles passam o dia fazendo cultos nas casas copiando o modelo das festas de folia e com isso já são vistos os frutos com a conversão de vidas por meio da iniciativa genuínamente indígena”.
Com informações Convenção Batista