Da Redação JM Notícia
A candidata derrotada à Presidência da República pelo Rede, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira (22), que dará seu “voto crítico” a Fernando Haddad (PT). Primeiramente a ex-senadora afirmou que não iria apoiar nenhum dos dois nomes para o segundo turno.
Faltando seis dias para a eleição, Marina divulgou uma nota criticando Jair Bolsonaro (PSL) e então afirmando seu voto no candidato petista.
“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”, declarou Marina em nota oficial.
No texto, Marina lembra as recomendações de seu partido feitas aos militantes para que não votem em Bolsonaro pelo “perigo que sua campanha anuncia contra a democracia, o meio-ambiente, os direitos civis e o respeito à diversidade existente em nossa sociedade”.
Ela ainda cita sua consciência cristã e diz que “muitos parecem esquecer, mas Jesus foi severo em palavras e duro em atitudes com os que têm dificuldade de entender o mandamento máximo do amor.”
Criticas ao PT
Desta vez a ex-senadora também criticou seu ex-partido, declarando que a sigla “mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral” e se nega a fazer uma autocrítica.
“A campanha de Haddad, embora afirmando no discurso a democracia e os direitos sociais, evocando inclusive algumas boas ações e políticas públicas que, de fato, realizaram na área social em seus governos, escondem e não assumem os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta”, disse.