Da Redação JM Notícia
A Câmara de Palmas recebeu na manhã desta terça-feira, 29, o secretário municipal de Saúde, Whisllay Maciel Bastos, para uma audiência pública com o intuito de prestar contas sobre as ações da gestão no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A apresentação dos resultados é referente ao 1º Quadrimestre de 2018 e é também a primeira realizada na gestão da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB).
De acordo com o secretário, apesar das contribuições federal e estadual, o Município tem usado principalmente recursos próprios para manter as unidades de saúde em funcionamento. Os resultados apresentados mostram que nesse primeiro quadrimestre a Prefeitura teve mais de R$ 74 milhões em receita e cerca R$ 66 milhões em despesas. Do total de receitas apenas 9,53% são oriundas de recursos estaduais e 42,13% federais.
Na ocasião os parlamentares questionaram o secretário sobre situações pontuais da Saúde, como falta de insumos, especialistas e remédios. “A gente sabe que o SUS, por ser gratuito, realmente não consegue atender todo mundo. Que tem médico que não quer trabalhar, apesar de o Município ter dinheiro pra pagar. No entanto, é preciso tentar resolver essa situação”, ressaltou o vereador Lúcio Campelo (PR).
A situação precária dos servidores da Vigilância Sanitária também foi levantada durante a audiência. O vereador Júnior Geo (PROS) destacou que os fiscais exercem um trabalho de grande importância para a população e que precisam de condições básicas para trabalhar. “Os servidores estão em um ambiente insalubre, que não tem condições mínimas para funcionar. Faltam carros e equipamentos básicos como computadores para atender à demanda”, frisou.
Sobre esse caso o secretário afirmou que tem dado atenção direta e que em até 40 dias os servidores serão transferidos para um novo prédio, que passa por adequações, e que os equipamentos foram adquiridos e já estão sendo distribuídos. Bastos disse ainda que pretende aumentar a frota de veículos destinados à Vigilância Sanitária.
Para a promotora de justiça Ceris Gonzaga de Rezende, a gestão municipal tem buscado melhorar o atendimento, mas ainda existem irregularidades que precisam ser sanadas. “O Ministério Público tem acompanhado todas essas situações. O Município precisa resolver a questão da demanda por serviços laboratoriais, das filas de espera nas especialidades, da demora no retorno. São casos pontuais, mas que precisam da atenção do poder público”, ressaltou.
A vereadora Laudecy Coimbra (SD) pontuou que a saúde do município, em comparação com a do Tocantins, está muito à frente, e que isso é resultado do trabalho desenvolvido pela gestão municipal.
Apesar da cobrança por melhorias no atendimento à população, as autoridades presentes reconheceram que a gestão tem trabalhado para oferecer uma saúde cada vez melhor para os palmenses. “A gente sabe que a saúde pública tem muitos problemas, mas temos que reconhecer o que é bom, e tem coisas do SUS que são melhores que no privado”, destacou a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria Alice de Araújo.