Da Redação JM Notícia
Em outubro deste ano serão eleitos os novos deputados estaduais, federais, senadores e governadores, para representar a população pelos próximos quatro anos em todo o país. Na atual legislatura, em Brasília, a Bancada Evangélica conseguiu um feito extraordinária, que é chegar a 93 parlamentares evangélicos, e com isso, conseguiu barrar diversos projetos contra a igreja e a família brasileira, ao mesmo tempo, em que apresentavam projetos beneficiando a população em geral.
De olho, nas transformações sociais em que passa a humanidade, e a perda de valores envolvendo a família que os ditos “progressistas” querem impor à sociedade, um grupo de parlamentares estão se organizando para elegerem o maior número de evangélicos possíveis. Segundo o deputado Sóstenes Cavalcante, a meta é chegar a 165 parlamentares.
Na mesma visão em que o deputado Sóstenes Cavalcante, pastores do Tocantins comentaram em entrevista ao JM Notícia necessidade de se eleger um representante evangélico para a Câmara dos Deputados.
Pastores comentam
Ao JM Notícia, o pastor Augusto Moraes, 1º secretário da Convenção Interestadual das Assembleias de Deus e Serviços de Evangelização da Região do Tocantins (Ciadseta), falou sobre o assunto e a necessidade de eleição de um deputado evangélico e abordou a questão do perfil, carater e história que o postulante precisa obter para ter o apoio dos evangélicos do Tocantins.
“Sou de acordo de nos empenhamos em eleger um representante, não só a nível federal, mas em todos os níveis, e que esse representante seja perfilado, não seja simplesmente alguém que chegue e imponha suas ideias sobre nós, e que nós o apoiemos.
A minha ideia de um representante que nós procure, é o seguinte: É que a gente, mesmo que seja dentre aquele que nos procure, que possamos fazer uma avaliação de perfil, e que essa pessoa de fato nos represente. Que essa pessoa seja avaliado o seu carater, o seu perfil cidadão […] seja fiel, comprovadamente fiel nas suas ações por onde passou, seja na política, seja em instituições por onde tem passado,que não tenha história de corrupção, nem a nível político e nem a nível institucional, nem social, nem no comércio, que não tenha a consideração de ser apenas fiel, mas íntegro.”
Para muitos pode parecer irrelavante a minha condição de integridade, mas uso aqui uma figura política, que é o Tiririca; independente do que dizem a seu respeito […] ele tem demostrado essa questão de integridade, que é o carater. Eu acho que no meio cristão para nos representar, tem que ser alguém que mereça a nossa confiança, possa nos retribuir com procedimentos além do Tiririca.”, disse Moraes.
UNIDADE
Para o pastor Augusto Moraes, não falta unidade entre as denominações evangélicas do Estado. Segundo ele, é necessário que o candidato tenha o apoio dos cristãos, e que o nome apresentado não seja apenas uma imposição.
Na ocasião, segundo Augusto Moraes, existe um nome no Tocantins, que até onde ele tem conhecimento, agrega as qualidades cristãs, eclesiásticas, cultural, política, reputação ao longos do anos, e citou o deputado estadual Eli Borges, como o detentor destas qualidades e o nome ideal para representar a classe evangélica em Brasília na Câmara dos Deputados.
“Nós temos esse nome que agrega essas qualidades, ele tem demonstrado agregar essas qualidades, uma pessoa que viveu entre nós desde a adolescência, como filho, como esposo, como funcionário público[…], ele tem um currículo sem emenda, sem rasura, temos visto integridade em sua pessoa, é uma pessoa que não nós envergonha de apresentar ele a sociedade” um representante.
Pastor Dário de Sousa Pereira
O presidente da Assembleia de Deus Madureira em Dianópolis, pastor Dário de Sousa Pereira também abordou a questão da eleição de um evangélico à Câmara dos Deputados.
“Somos um leão amordecido. Eu tenho sempre alertado aqui aos obreitos sobre essa necessidade, é um momento de despertamos esse leão, temos que acordar para esse assunto tão importante, alguém que fale a nossa língua”, disse Pereira.
De acordo com pastor Dário de Sousa, falta unidade no meio cristão. Segundo ele, na época de eleição alguns evangélicos deixam de votar em um cristão para votar em candidato que muita das vezes, poderá votar contra a igreja, contra a família.
Ele criticou também a questão, que na época das eleições, saem muitos candidatos ao mesmo cargo, o que termina por não elegerem nenhum: “Há muita individualidade”, finalizou.
Apóstolo Sérgio Paulo
O apóstolo Sérgio Paulo Guimarães, líder da Igreja Internacional da Renovação no Tocantins e ex-presidente do Conselho de Ministros Evangélicos do Tocantins, defendeu em entrevista ao JM Notícia, que é necessário a criação de um Conselho Político Evangélico para analisar as questões políticas envolvendo os evangélicos e frisou que “não é uma tarefa fácil, no entanto, é necessária: “Se não há unidade, vai ficar apenas no blá blá blá”, nossa unidade precisa ser nas ações, no campo das ideias, projetos”.
Guimarães defendeu a eleição de evangélico à Câmara dos Deputados, disse ainda que, para ser eleito, é necessário que esta pessoa possua princípios cristãos e não pense somente em proveito próprio. Ele lembrou que todas as ideologias que ferem às igrejas estão sendo debatidas no Congresso Nacional.
Formação de jovens políticos
Guimaraes defendeu que para acabar com o sistema corrupto implantado hoje no Brasil, é necessário que os novos políticos sejam formados para esta missão ainda jovem, que eles sejam preparados para esta finalidade: “Precisamos formar jovens que serão bons políticos no futuro”, disse.
Pastor Hilton Dias
De acordo com o pastor Hilton Dias, presidente da Assembleia de Deus Ciadseta de Paraíso do Tocantins, alguns pretensos candidatos que almejam cargos políticos, querem apenas apenas por vaidades, outros por interesse pessoal, e alguns, não possuem bons relacionamentos com os lideres evangélicos: “Só aparecem na hora da eleição e as igrejas não são obrigadas a aceitar essa chantagem de aceitar a condição desses “irmãos”, disse pastor Hilton Dias.
Para o líder assembleiano, ele é favor da eleição de um deputado evangélico em outubro, no entanto, o pretenso candidato precisar ter um bom relacionamento com a liderança, que seja amigo da igreja, não apenas na época das eleições.
“Eu acho que falta unidade, relações humanas com aqueles que se consideram políticos e que querem chegar lá […]. Muitas das vezes essas pessoas querem aproveitar do sistema da igreja de última hora; eu acho que não é assim que se faz polítíca no meio religioso”, disse o pastor ao se referir ao fato de que no momento, o Tocantins não possuir representante evangélico em Brasília, mesmo sendo uma classe com mais de 330 mil evangélicos no Estado.
Pastor Francalino
Quem comentou a necessidade de eleição de um deputado federal foi o pastor Francalino, ex-presidente do Conselho Político da Convenção Ciadseta no Tocantins. Segundo ele, os evangélicos precisam abrir os olhos e elegerem um representante da classe: “ Precisamos eleger uma pessoa que tem temor de Deus, que nos represente de fato e de direito”.
Francalino citou a questão envolvendo a Bolívia, onde foi proibida a evangelização e revolgada após pressão popular, e alertou que é necessário a igreja acordar para esta questão, para evitar que algo no futuro no Brasil.
O pastor afirmou que é necessário que surja um líder com credibilidade no meio cristão que mostre confiança, e sugeriu o pastor e deputado estadual Eli Borges, para deputado federal.
“Eu acredito que era a hora dele dar um salto maior, certo, porque ele tem força para transferir votos, que é o pastor Eli Borges. Eu sou eleito dele”, disse.
MADUREIRA X CIADSETA
Francalino disse ainda que se houver a junção dos dois grandes ministérios do Tocantins, a Connvenção de Madureira e a Convenção Ciadseta é possível que em outubro, o Tocantins passe a ter um representante evangélico em Brasília.
“Se o pastor Amarildo e o pastor Paulo Martins Neto sentarem com certeza é possível eleger um representante da classe, sei que não levam todos, mas a grande maioria apoiaria esse nome”.
Para o pastor Francalino, um reino dividido entre si não tem como prosperar, ao citar a questão que na última eleição para deputado estadual, dentro da AD Ciadseta, saíram quatro candiditos, e destes, nenhum foram eleitos.
Apóstolo Bueno Júnior
O líder da Igreja Vida em Araguaína, apóstolo Bueno Júnior também comentou a importância da eleição de um cristão à Câmara dos Deputados e afirmou ser a favor e pontuou algumas questões.
Em sua opinião, possuir um representante em Brasília é de suma importância, no entanto, ele frisou que o grande desafio é encontrar um nome de consenso que possar fazer frente a uma disputa tão acirrada e que de fato represente aos anseios do Estado e não apenas levante a bandeira do evangelho ou dos evangélicos, mas principalmente, que tenha um compromisso com políticas públicas e sociais, e que de fato faça jus possuir um representante em Brasília.