Por Rafael Miranda
Na primeira sessão do ano, que marcou o início dos trabalhos legislativos na Capital, o vereador Lúcio Campelo (PR) subiu na tribuna para afirmar seu compromisso e cobrar resultados frente aos desafios que Palmas tem para 2018. “Inicia-se mais um ano de lutas, não só aqui na Câmara Municipal mas para todos os cidadãos, e também para a prefeita em exercício, que caso torne-se efetiva, terá de colocar em ordem a prefeitura de Palmas. Presente na Câmara, a prefeita em exercício, Cynthia Ribeiro (PSDB), recebeu os comprimentos do vereador.
Lúcio Campelo destacou que “Palmas melhorou em alguns aspectos, a sua maioria no visual, mas o fez avançando no bolso do contribuinte, e é essa a grande marca que se criou ao longo da gestão Amastha, uma gestão que busca os lucros e a imposição sem freios de impostos”. A receita do orçamento municipal, apontou o vereador, cresceu 83% desde o primeiro mandato do prefeito, e a situação é preocupante, pois os poucos investimentos feitos se limitaram a região central da cidade.
“Cerca de cinco avenidas apenas estão sendo tradas pela prefeitura, e são as mais movimentadas, criando a falsa ideia de que toda a cidade está sendo beneficiada, mas basta olhar para o setor Taquari, e ver que não é assim. O prefeito não fez uma obra sequer naquele bairro, a não ser plantar grama, e pagando um preço superfaturado, quatro vezes mais que o valor de mercado”.
Outros gastos ainda são questionados pelo vereador, como os R$ 28 milhões investidos em máquinas para recuperação de estradas vicinais. “Hoje é muito difícil você trafegar pela zona rural de Palmas. Como vereador, eu recebo reclamações de pequenos produtores que sofrem com a dificuldade no acesso. O prefeito está inviabilizando que essas pessoas consigam seu sustento. Onde foram aplicados os R$ 28 milhões? Foi para o bolso de quem?”, disparou.
Sem priorizar investimentos que Palmas mais precisa, o vereador alertou também para os R$ 30 milhões gastos em locação de veículos, que poderiam ser investidos em serviços de pavimentação nos bairros Taquari, Aureny III, ou mesmo nas quadras 408 e 508 norte.
Sobre a oferta de empregos, o vereador chamou atenção para quantidade de cidadãos desempregados. Para o parlamentar, a gestão Amastha não priorizou a formação de postos de trabalho, “não dando sequer condições para o cidadão pagar seus impostos”, afirmou.
IPTU
O Santo Amaro é uma Zona de Interesse Social, onde os moradores não deveriam pagar o IPTU, mas a prefeitura cobra R$200,00 o m². “Isso é justiça social? Isso é crime, é ser desonesto com o cidadão que veio para Palmas e que não conseguiu sobreviver com essas altas taxas de impostos”.
O IPTU subiu exponencialmente este ano, registrando reajustes que já chegaram mais de 276%. Desde que o prefeito Amastha fez alterações nos redutores, centenas de cidadãos manifestaram suas indignações. O vereador cobrou que seja feito um novo estudo sobre o valor venal dos imóveis. “ Os valores que a prefeitura está aplicando não condizem com o mercado, e o cidadão está pagando muito mais do que deveria”.
“Enquanto Amastha está percorrendo o interior pedindo votos, fazendo campanha antecipada, a população se indigna com o IPTU mais alto que essa cidade já viu. Falta respeito com o cidadão, falta justiça social, algo que o prefeito fala mas não cumpre”.