Da Redação JM Notícia
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou esta semana parte da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e aponta que há 11,8 milhões de analfabetos no Brasil, correspondendo a 7,2% da população de 15 anos ou mais.
A maior taxa de analfabetismo está no Nordeste do país com 14,8%, a segunda maior taxa está no Norte com 8,5%, seguida pelo Centro-Oeste 5,7%, Sudeste 3,8% e Sul com 3,6% da população.
Outro dado revelado pela pesquisa é que a maioria dos analfabetos no país são negros e pardos, já em relação ao gênero, a quantidade e homens analfabetos é maior que a de mulheres.
Quando separados por idade, fica provado que a maioria (20,4%) são pessoas com mais de 60 anos. Em seguida está o grupo de mais de 40 anos (12,3%), maiores de 25 estão em terceiro (8,8%), seguidos por maiores de 18 anos (7,7%) e, por fim, maiores de 15 anos (7,2%).
“Há uma questão estrutural do analfabetismo. Ele está muito mais presente entre a população idosa. O que vemos é algo histórico, mais concentrado em uma população mais velha”, diz a pesquisadora do IBGE, Marina Aguas.
Segundo a pesquisadora, essa taxa “irá diminuir à medida que essa população mais velha for morrendo”. Ela aponta ainda que hoje há mais crianças nas escolas o que explicaria que o grupo com 15 anos ou mais ser o público com menor taxa de analfabetismo.
Ensino Fundamental
Outro ponto tratado pela Pnad Contínua é que 51% da população de 25 anos ou mais tem somente até o Ensino Fundamental completo. Enquanto que 26,3% desse mesmo grupo tem o Ensino Médio Completo, e o Ensino Superior foi completado por apenas 15,3%.
O Sudeste é a área com maior número de anos de escolarização (8,8 anos) e o Nordeste aparece em último lugar deste indicador, com média de 6,7 anos de estudo.
Governo não cumpriu a meta
O Plano Nacional de Educação (PNE) tinha como meta intermediária reduzir o analfabetismo de maiores de 15 anos para 6,5%, o que não aconteceu. A pesquisa do IBGE aponta ainda um alerta para a lei brasileira que visa erradicar o analfabetismo do Brasil até 2024.
Esta é a primeira edição da Pnad Contínua para o suplemento de Educação, por conta da metodologista utilizada, os dados não pode sem comparados ao Pnad do ano passado.
A pesquisa anterior, mostrava um país com 12,9 milhões de analfabetos, representando 8% da população com mais de 15 anos.