Da Redação JM Notícia
A polêmica levantada na cidade de Palmas (TO) sobre a palestra de sexo oferecida aos estudantes da Escola de Tempo Integram Anísio Spínola Teixeira tem gerado dúvidas sobre quem deve ser responsabilizado pelo conteúdo impróprio que foi exposto.
O projeto “E Agora” é realizado pela Fundação Municipal da Juventude de Palmas, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, e já foi ministrado em outras escolas da cidade. A Fundação Municipal da Juventude de Palmas foi a primeira entidade a se pronunciar sobre o caso, em nota, o órgão confirmou que o assunto sexo faz parte da programação, além dos temas drogas e tecnologia.
Mas nesta terça-feira (21) a nota da Secretaria Municipal de Educação tentou minimizar as críticas feitas pelos pais e alunos dizendo que não abordaram o tema sexo com as crianças. “A proposta real das palestras foi tratar de assuntos sobre drogas e tecnologia, além de levar os profissionais da área da saúde mental, para esclarecer dúvidas e conscientizar a fase adolescente sobre cuidados e prevenções”, diz a nota.
Para a Secretaria, todas as denúncias feitas até agora sobre o caso, inclusive a carta de uma aluna de 14 anos e depoimentos de alunos menores, trata-se “de informações distorcidas com a intenção de viralizar pelas redes sociais”.
Ao que parece, a secretaria tenta diminuir os relatos de alunos que participaram da palestra onde foi ensinado a prática de sexo oral e anal. Pelos depoimentos, a palestrante simulou sexo oral depois de colocar camisinha nos dedos de um menino e de uma menina, além de ensiná-los sobre sexo anal, indicando o uso de um gel lubrificante.
A primeira mãe a denunciar o caso falou com um jornal da cidade, outros pais de alunos tiveram ciência e cobraram seus filhos para saber se o fato tinha ocorrido. Além da garota de 14 anos que escreveu uma carta, na noite desta segunda-feira (20), durante uma reunião com pais, alunos e alguns vereadores de Palmas, um menino de 12 anos confirmou o que aconteceu na palestra.
Por considerarem um ato inapropriado, uma sindicância foi instaurada para apurar o conteúdo da palestra, identificar os responsáveis e para que as devidas providências sejam tomadas.
Caso pode parar na Justiça
O deputado Eli Borges gravou um vídeo dizendo que o caso merece ser apresentado judicialmente, pois a Constituição, o ECA, e os planos de educação Nacional, Estadual e Municipal vetam o ensino de gênero e ainda limita o ensino de sexo para as aulas de biologia, respeitando a faixa etária dos alunos.
Diante dos excessos do caso, pela postura da palestrante em falar abertamente de sexo oral e anal com crianças de até 14 anos, o parlamentar entende que é necessário levar o caso à Justiça. “O caminho é o do Judiciário e eu me comprometo com a sociedade palmense para defender da família”, completou.
CONFIRA A NOTA
Assunto: Palestras da Fundação de Juventude sobre orientações na adolescência
Data: 21 de Novembro
A Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed) esclarece que a polêmica em torno da palestra realizada pela Fundação Municipal da Juventude através do projeto “E Agora?” trata-se de informações distorcidas com a intenção de viralizar pelas redes sociais. A proposta real das palestras foi tratar de assuntos sobre drogas e tecnologia, além de levar os profissionais da área da saúde mental, para esclarecer dúvidas e conscientizar a fase adolescente sobre cuidados e prevenções. O público-alvo são alunos do 8º ao 9 º ano.
Porém, diante disso, a Semed determinou uma sindicância para investigar o assunto.