Da Redação JM Notícia
Um levantamento feito pelo Ministério dos Direitos Humanos mostra que no Brasil há uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas, pelos registros de janeiro de 2015 e o primeiro semestre deste ano.
As denúncias englobam desde templos invadidos e profanados, até agressões verbais contra praticantes de uma determinada crença, além de destruição de imagens, ataques incendiários ou tentativas de homicídio.
No primeiro semestre de 2017 foram registrados 169 casos de intolerância, 66 deles contra religiões de matrizes africadas como umbanda e candomblé. Igrejas católicas e evangélicas aparecem na lista, sendo 17 e 14 casos registrados, respectivamente.
Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, o perfil do suspeito de praticar o ato de intolerância é 37,3% feminino, 35,5% masculino e 27,2% dos casos não informaram dados do suspeito. A idade cerca dos suspeitos não foi revelada, 41% dos denunciantes apontam para pessoas com idades entre 31 e 60 anos, 41% não souberam informar.
O coordenador-geral do Disque 100, Fabiano de Souza Lima, declarou que há mais casos do que os relatados, mas muitos têm medo de denunciar. “Algumas pessoas não querem se envolver e preferem permanecer no anonimato a denunciar.”
Desde 2011 o Disque 100 já registrou 1.486 relatos de discriminação religiosa, de xingamentos a medidas de órgãos públicos que violam a liberdade religiosa.
Ao comparar o número do primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2016, houve um recuo de 55%, mas Luciano acredita que a oscilação de denúncias não muda a quantidade de crimes cometidos.