Da Redação JM Notícia
O delegado da Polícia Civil Marivan da Silva Souza, atingido por três tiros por militares no último sábado (28), em Guaraí, contou após sair do hospital em Palmas, que estava desarmando e que foi pego de surpresa.
Marivan da Silva Souza, que está há cerca de quatro meses na função, contou que tinha saído de Colméia, cidade onde é delegado titular, por volta das 10h30 em direção a Guaraí.
Segundo ele, estava a caminho da casa de um amigo, onde ia resolver assuntos de trabalho. “Estava andando devagar na avenida, não estava correndo, até porque o trânsito estava movimentado, quando ouvi um barulho. Encostei o carro e saí, só depois percebi que tinha sido baleado. Me falaram para deitar no chão e apontaram as armas. Aí falei que eu era delegado. Eu estava desarmado.” contou o delegado.
O delegado afirmou que vai deixar que o caso seja investigado, que se recupera bem e que provavelmente terá que passar por um procedimento estético já que ele perdeu parte da orelha.
Por meio de nota, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (SINPOL-TO), manifestou apoio ao Delegado e disse que cobrará medidas enérgicas por parte do Governo do Estado e dos comandos da SSP e PM. “Não podemos deixar que atitudes de despreparo como a evidenciada no presente fato, vitimem mais pessoas de bem, sejam estas policiais ou não”, destacou Ubiratan Rebello.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins, Ubiratan Rebello, os PMs excederam o uso das funções militares. “A Polícia Militar não investiga, quem investiga é a Polícia Civil. O fato que causou quase a morte de um delegado poderia ter sido uma pessoa comum, poderia ter sido uma família com criança lá dentro”.