Da Redação JM Notícia
Na noite desta terça-feira (24) artistas, produtores culturais e manifestantes de partidos de esquerda se uniram no Rio de Janeiro para protestarem contra o presidente Michel Temer.
Os organizadores do evento são os artistas do movimento “342 Agora”, os mesmos que se levantaram a favor de exposições de arte que fazem apologia à pedofilia, zoofilia e vilipendio religioso.
Com o nome de “Temer é inaceitável”, o protesto começou às 18h e atraiu centenas de pessoas. Os manifestantes criticavam as propostas do Governo Federal como as reformas da previdência e trabalhista, a flexibilização da legislação ambiental, o corte dos recursos para a ciência, a extinção de terras indígenas já demarcadas e o congelamento dos gastos sociais por 20 anos.
Os manifestantes também se mostravam indignados com as recentes decisões do Congresso: o Senado votou pela devolução do mandato ao senador Aécio Neves e a CCJ da Câmara votou pela não aceitação da denúncia contra Michel Temer.
“É inaceitável a compra de votos para salvar Temer e o senador Aécio Neves das investigações”, disseram os organizadores do manifestação, entre eles a produtora Paula Lavigne, ex-esposa do cantor Caetano Veloso.
A marcha começou na praça da Candelária e seguiu até a Cinelândia, pela avenida Rio Branco, no centro do Rio, num trajeto já tradicional para protestos na capital fluminense.
Entre as personalidades que apoiaram e estiveram presentes no ato estavam: a atriz Alinne Moraes, os atores Jonas Bloch, Guilherme Weber e Michel Melamed e pelos deputados estaduais Marcelo Freixo (PSOL) e Carlos Minc (sem partido).
A Polícia Militar foi chamada no local para conter a manifestação e por volta das 21h, já no fim do protesto, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para conter o ânimo dos manifestantes que disparavam ofensas e tentam ir para cima dos policiais.