Por Francisco Vieira Vieirinha
Essa semana chamou atenção notícia publicada nos jornais de grande circulação, afirmando que o número de milionários no Brasil cresceu em 11%. E isso ocorreu em meio à queda do PIB e recessão profunda no país. Segundo os dados divulgados, o número de milionários no Brasil chega 164 mil. Agora o que choca mesmo é saber que seis brasileiros possuem a mesma riqueza que a metade da população mais pobre. Ou seja, seis pessoas no Brasil tem o mesmo capital de 100 milhões de Brasileiros.
Vemos com frequência políticos dizerem que os programas sociais são um sucesso, ouvimos discursos que houve inclusão das camadas menos favorecidas. Mas é só andar pelo nosso estado para perceber que a realidade é outra. O idoso não tem assistência, o jovem não consegue emprego, os problemas com entorpecentes só aumentam, a criminalidade toma conta das ruas e diante de tudo isso, a população não vê saída. O que se viu essa semana nas favelas do Rio de Janeiro foi o caos das instituições públicas, que são desafiadas por bandidos.
Enquanto isso aqui no Tocantins parece que não faltam recursos aos grupos políticos para percorrem o estado a bordo de aviões que não se sabe quem pagou e quem são os donos. A população deveria prestar atenção nestes fatos e se perguntar como pode tantos políticos por aqui ser proprietários de aviões ou de quem são os aviões que eles andam. Interessante que esses bondosos empresários só emprestam seus aviões para políticos, nunca ouvi dizer que emprestaram para professores, enfermeiros, porque será?
Em sua carta aos Coríntios, o Apostolo Paulo disse: “Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos.
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?”
1 Coríntios 6:8,9
O que se nota é que a injustiça cresce a cada dia e esse poço de desigualdade que separa o cidadão comum do mundo de riqueza das elites e da classe política, demonstra o quão falido é o sistema de distribuição de renda. Em pronunciamento no STF na quinta-feira dia 28/09/20017, o Ministro Luis Roberto Barroso disse: “É preciso mudar a realidade no Brasil. Criar um tempo em que não seja normal nomear diretores de estatais para desviar dinheiro. Que não seja normal fraudar licitações. Que não seja normal sair carregando mala de dinheiro.” Complementaria ainda dizendo que é preciso chegar o tempo onde políticos não saiam por aí andando em jatinhos, em camionetes de luxo. O tempo onde políticos não possam ter fazendas e mansões que seus salários não lhes dão condições de comprovar tal patrimônio. Será que em 2018 vai mudar alguma coisa? E tenho dito.