Da Redação JM Notícia
O governo de Ontário, no Canadá, agora pode retirar dos pais a guarda das crianças que quiserem mudar de gênero e não tiverem a aceitação de seus pais.
A Lei 89/2017 foi aprovada com 63 votos favoráveis e 23 contrários com o nome de “Ato de Apoio a Crianças, Jovens e Famílias”.
O texto da referida lei exige que os serviços de proteção a crianças, serviços de adoção e juízes levem em consideração e respeitem a “raça, ancestralidade, local de nascimento, cor, origem étnica, cidadania, diversidade familiar, deficiência, crença religiosa, sexo, orientação sexual, Identidade de gênero e expressão de gênero”.
O autor do projeto, Michael Coteau, defende a liberdade da criança de escolher sua “identidade de gênero” ou “expressão de gênero” e, os pais que não concordarem estarão cometendo um abuso.
“Eu acredito ser uma forma de abuso, quando uma criança se identifica de um jeito e um cuidador diz a ela que não, que ela precisa fazer as coisas de uma maneira diferente”, disse ele. “Se é abuso, e estiver dentro dessa definição, uma criança pode ser removida desse ambiente e colocada em um local protegido, onde o abuso não tem vez”, completa o autor do projeto aprovado.
A lei nova muda a Lei 28 que garantia ao pai ou mãe da criança o direito de “direcionar a educação e a formação religiosa da criança”. Já a nova lei diz que isso pode ser feito “desde que siga a crença da criança ou do jovem, sua identidade comunitária e identidade cultural”.
Lei gera debates e polêmicas
O resumo da lei é que agora os pais não determinam mais como as crianças devem ser criadas, decisão que elas próprias passarão a tomar.
A advogada provincial dos direitos de crianças e jovens de Ontário, Irwin Elman, é a favor do projeto e afirmou que esta nova lei “representa uma mudança de paradigma para a província, mostrando seu compromisso com a participação de crianças e jovens em todas as decisões que as afetam”.
Mas para o estrategista político da Campaign Life Coalition, Jack Fonseca, esse texto aprovado representa um poder totalitário do Estado. “Com a passagem da Lei 89, adentramos em uma era de poder totalitário do Estado, algo nunca antes testemunhado no Canadá. Não se engane, a Lei 89 é uma grave ameaça para os cristãos e todas as pessoas religiosas que têm filhos ou que desejam criar uma família através da adoção”.
Pais perderam os filhos por dizerem que o Coelhinho da Páscoa não existe
Um caso de como a lei pode atrapalhar os lares é exemplificado com a história de Derek Baars e Frances Baars que perderam a guarda de duas crianças adotivas.
Tudo aconteceu porque o casal, membros da Igreja Presbiteriana Reformada, se negaram a dizer para as meninas de 3 e 4 anos que o Coelhinho da Páscoa existe.
“Nós temos uma política de não mentir”, disse o pai que foi processado pela Hamilton Children’s Aid Society. “Nós explicamos à agência que não estamos preparados para dizer às crianças uma mentira. Se as crianças pedissem, não mentiríamos para elas, mas nós não a levantaríamos”.
Ao retirar a guarda das crianças a agência governamental afirmou que o oelhinho da Páscoa era uma “parte importante da cultura canadense” e por isso os pais tinham de admitir sua existência. Com informações de The Christian Times e The Christian Post.