Da Redação – Dermival Pereira
A Diocese de Tocantinópolis -TO, Regional Norte da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil, divulgou Nota à imprensa na manhã desta segunda-feira, 24, na qual comenta o envolvimento do nome do Bispo Dioseano, Dom Giovani, na polêmica decisão da Faculdade Católica Dom Orione, em Araguaína (TO), de suspender a participação da psicóloga Valeska Zanello, no I Encontro de Psicologia da Instituição, que abordará o tema “Saúde Mental e Gênero: Novos Tempos, Velhos Paradigmas, marcado para ocorrer nos dias 27 e 28 de abril.
Valeska Zanello ministraria uma palestra no fechamento do evento, mas segundo as informações, o fato de ela defender a legalização do aborto, fez com que a faculdade com o aval do Bispo, cancelasse a participação dela no evento. Após o veto à Dra Valeska Zanello, estudantes realizaram manifestação lamentando a suspensão da palestra.
Porém, na Nota, a Diocesse afirma que o “Múnus (função) do Bispo da Diocese de Tocantinópolis não condiciona as instituições de ensino católico universitário ou instituições confessionais, pois as mesmas são autônomas e regidas por seus respectivos estatutos”.
Segundo a Nota, “não é da práxis da Igreja restringir a investigação científica, mas promovê-la”, prossegue a Diocese: “para a Igreja Católica Apostólica Romana a defesa da vida, o respeito devido à mulher e a qualquer pessoa, independente da sua opção sexual, é um dos princípios fundamentais do seu ensinamento e prática, BEM COMO TODO E QUALQUER GRUPO QUE DEFENDA A DIGNIDADE HUMANA TEM O APOIO DA IGREJA”, afirma no documento.
Ainda segundo a Nota, “a Igreja Católica, através do seu Bispo, presbíteros, diáconos e fiéis, REITERAM sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural (Cf. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 1°, III; 3°, IV e 5°, caput. c/c arts. 3º. e 4º do Pacto de San José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969 assinado pelo Brasil). O direito à vida é incondicional, deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso (Nota da CNBB Nº. 0209/17 de 11 de abril de 2017). E rejeita, assim, toda e qualquer iniciativa que pretenda legalizar ou simplesmente defender o aborto no brasil”, afirma.
Por fim, a Diocese afirma na Nota, que “conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito à dignidade integral da vida humana. Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias”, finaliza.