Depoimentos de parentes do pastor Custódio Gonçalves, de 57 anos, assassinado dentro da igreja Assembleia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, apontam que o cunhado da vítima fez ameaças a Custódio num grupo de WhatsApp da família. Para agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), o cunhado é o principal suspeito do crime. No último dia 31 de janeiro, o homem acusou o pastor, num registro de ocorrência feito foi à 71ª DP (Itaboraí), pelo abuso sexual de seu filho de 2 anos.
Segundo a testemunha, após o registro ser feito, o cunhado teria postado num grupo da família a seguinte mensagem: “Isso não vai ficar assim. O inferno te espera”. Em depoimento prestado ontem, o homem negou ter participado do crime e disse que queria que Custódio fosse preso, e não morto. O suspeito também afirmou que integrantes do tráfico de Itaboraí, após ficarem sabendo do abuso, queriam matar Custódio.
O cunhado também apresentou um álibi à polícia: disse que, no momento do crime, na noite do último domingo, ele estava numa outra igreja evangélica em Itaboraí. Os agentes da DH, então, identificaram o pastor da igreja e o levaram para prestar depoimento na sede da especializada. O líder religioso afirmou que o homem, de fato, estava em sua igreja no domingo à noite. Entretanto, disse que não o conhecia e nunca o havia visto lá.
— Nós tratamos o cunhado da vítima como o principal suspeito de ser o mandante do crime, mesmo não tendo participado diretamente da execução — afirmou o delegado titular da DHNSG, Fábio Barucke.
O cunhado de Custódio ficou preso seis meses acusado do homicídio de sua ex-mulher, em janeiro de 2015. De acordo com a denúncia do MP à época, “desferiu disparo de arma de fogo contra a vítima”. Ele, entretanto, foi solto após ser absolvido pelo Tribunal do Júri de Itaboraí, no último dia 2 de fevereiro. Durante a prisão, seu filho ficou morando com o pastor.
Menos de um mês depois de o homem sair da prisão, seu filho apresentou um sangramento no ânus e foi levada à UPA de Itaboraí. Em depoimento, o cunhado contou que entrou em contato com a pediatra do garoto para saber o que poderia ter acontecido. A médica, então, teria afirmado que, durante uma consulta, a criança disse que quem havia feito aquilo havia sido o “tio Custódio”.
O oastor foi morto com pelo menos três tiros em meio a um culto no domingo à noite. Segundo testemunhas, um homem encapuzado desceu de uma moto, entrou na igreja e atirou no pastor. Com informações Extra