Da Redação do JM Notícia
Um levantamento feito pelo Banco Central aponta que a rede de agências bancárias encolheu nos últimos anos em todo País e deixando cidades do interior sem atendimento presencial. Segundo o levantamento, o Tocantins é o quinto estado com o maior número de cidades sem agencias bancárias, um total de 34 cidades. Em primeiro lugar aparece o Estado do Piauí com 95 cidades, em segundo está o Estado da Paraíba com 64, seguido por Roraima com 45 cidades e Minas Gerais com 43 cidades sem nenhuma agencia bancária.
No final do ano passado, o Banco do Brasil fechou duas agências no Tocantins e transformou oito em Postos de Atendimento. Em todo o Estado, o Banco do Brasil oferece 66 Unidades de Atendimento, sendo 48 Agências e 18 Postos de Atendimento. A instituição financeira conta ainda, com 181 correspondentes bancários, 433 caixas eletrônicos e 56 terminais da rede Banco 24h no estado.
Para se ter uma ideia, nos últimos 2 anos, mais de 100 cidades deixaram de ter qualquer dependência bancária, segundo dados do Banco Central, divulgados em reportagem do site da Globo, o g1.com.br.
Segundo o Banco Central, dos 5.588 mil municípios brasileiros, 352 não tinham canais de acesso direto aos bancos no final de 2016 – maior número desde 2010. O volume vem crescendo desde 2013. Em 2014, eram 241 cidades sem estruturas bancárias; em 2015, eram 300.
Transtornos aos municípios
O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, explicou ao G1, que a falta de dependências bancárias complica também as finanças das prefeituras, que passam a ter maiores dificuldades no recebimento de verbas federais, na arrecadação de tributos e no pagamento dos servidores.
“Tem prefeito da Região Norte que precisa pegar barco para buscar dinheiro em outra cidade para fazer os pagamentos”, afirma. “Isso vem aumentando e deve aumentar mais porque estão racionalizando custos até com segurança”.
Dados
Segundo os dados do BC, o número total de agências bancárias no Brasil caiu de 22.826 em 2015 para 22.547 no final do ano passado – 279 unidades a menos. Trata-se do menor número desde 2012. Em 2014, eram 23.126.
Na rede de postos de atendimento bancário (PAB) e caixas eletrônicos, a queda foi ainda maior. O total de PABs – geralmente localizados dentro de empresa ou órgão público, com oferta de serviços específicos – e PAEs (postos de atendimento eletrônico) encolheu para 43,7 mil em 2016, ante 45,5 mil em 2015.
Segundo a Febraban, os “ajustes” no tamanho da rede estão relacionados a 3 principais fatores: conjuntura econômica, que culminou no fechamento de uma série de estabelecimentos; política de eficiência operacional com a revisão de sobreposições em pontos de atendimento; e a diversificação dos canais de atendimento e crescimento dos canais digitais.
Apesar de contabilizar o aumento das cidades sem dependências bancários, o Banco Central afirma que trabalha com a projeção de que todos os municípios do país têm atendimento bancário ou financeiro.
“Além dos bancos, as cooperativas de crédito, as Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento e as Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte disponibilizam a seus usuários meios de acesso a serviços financeiros, promovendo a inclusão financeira da população”, diz o BC. (Com informações do g1.com.br)