A reinauguração do Templo da IEQ Aliança Profética no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte, neste domingo (9/2), reuniu fiéis em meio a tensões causadas por investigações contra o ex-líder da igreja, acusado de estupro de vulnerável. O evento, liderado pela pastora Mariana Borges e com a presença do político Autair Gomes, dividiu a comunidade entre celebração e questionamentos sobre a presença do marido dela, afastado por denúncias.
Contexto da reinauguração
Após mais de um ano fechado, o templo da Igreja Evangélica Quadrangular (IEQ) Aliança Profética reabriu as portas em meio a um cenário de controvérsias. Mariana Borges, que assumiu a liderança após o afastamento do marido – alvo de três inquéritos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por crimes de estupro de vulnerável –, cortou a fita simbólica ao lado de Autair Gomes, político derrotado nas últimas duas eleições municipais. A cerimônia, que deveria simbolizar recomeço, foi ofuscada por debates sobre ética e responsabilidade.
Ex-líder acusado presente no evento
Apesar do afastamento formal, o ex-pastor foi fotografado durante os preparativos da inauguração, gerando desconforto entre parte dos fiéis. Nas redes sociais, imagens do homem circulam com perguntas sobre seu possível envolvimento na organização do evento. Um frequentador, que preferiu não se identificar, relatou à reportagem que a presença dele “minou a credibilidade da celebração”. O MPMG não se pronunciou sobre o caso, mas confirmou que as investigações seguem em andamento.
Divisão na comunidade religiosa
Enquanto apoiadores de Mariana Borges comemoraram a retomada das atividades, outros membros da igreja expressaram preocupação com a aparente proximidade do ex-líder. “Como confiar em um espaço que não cortou laços com alguém sob acusações tão graves?”, questionou uma mulher em comentário nas redes. Já defensores da pastora argumentam que ela “merece chance para reconstruir a comunidade”, destacando seu esforço para reerguer o templo.
Silêncio da liderança estadual
A IEQ Quadrangular, responsável pela congregação, não se manifestou publicamente sobre as denúncias ou a reabertura. Procurada pelo perfil que divulgou o caso, a instituição não respondeu aos pedidos de esclarecimento até o fechamento desta matéria. A ausência de posicionamento oficial alimenta especulações sobre o alinhamento da cúpula religiosa com as decisões locais.