A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Máximus para investigar suspeitas de corrupção no Tribunal de Justiça do Tocantins. A ação, realizada nesta semana, aponta para um esquema de “pacotes de corrupção” envolvendo cinco desembargadores e quatro juízes. Segundo o relatório da PF, propinas eram pagas em processos distintos, criando uma prática que envolvia venda de sentenças.
“O mercado de ações judiciais é tão assustador que os potenciais clientes buscam fazer pacotes para os supostos atos de corrupção”, declarou o delegado Daniel César do Vale, responsável pela investigação.
Entre os investigados estão a presidente do tribunal, Etelvina Maria Sampaio Felipe, e a vice-presidente, Ângela Maria Ribeiro Prudente. Outros alvos incluem os desembargadores Helvécio de Brito Maia Neto, Angela Issa Haonat e João Rigo Guimarães, que também preside o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. Juízes de primeira instância, como José Maria Lima e Marcelo Eliseu Rostirolla, também estão na mira da operação.
Em nota enviada para o jornal Estadão, Etelvina Maria afirmou repudiar o envolvimento de seu nome nas investigações e negou qualquer irregularidade. Ângela Maria também refutou as acusações, classificando-as como infundadas e prometendo comprovar sua inocência.
Defesas de outros mencionados, como o advogado Thiago Sulino de Castro e o escritório Melo & Bezerra Advogados, negaram as acusações e alegaram distorções nos fatos apresentados. Segundo eles, os elementos divulgados não demonstram práticas ilícitas.
O JM Notícia mantém o espaço aberto para que os demais citados se manifestem.