O governo brasileiro, junto com a Turquia e outros 50 países, assinou uma carta solicitando que a comunidade internacional interrompa a venda de armas a Israel. O Ministério das Relações Exteriores da Turquia divulgou a informação neste domingo (3).
“Escrevemos uma carta conjunta pedindo a todos os países que deixem de vender armas e munições a Israel. Entregamos essa carta, que conta com 54 assinaturas, na ONU no dia 1º de novembro”, afirmou o chanceler turco, Hakan Fidan, durante uma visita ao Djibuti, na África Oriental.
Além do Brasil e da Turquia, a carta foi assinada por países como Arábia Saudita, China, Irã, Rússia e Argélia. A Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica também endossaram o documento.
Em outubro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan já havia pedido à ONU que impusesse um embargo de armas a Israel, considerando essa medida uma “solução eficaz” para o conflito em Gaza entre as forças israelenses e o grupo Hamas.
O governo brasileiro tem criticado as operações militares de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano. Em um episódio que gerou controvérsias, o presidente Lula comparou a ofensiva israelense ao Holocausto, o que resultou em críticas do governo israelense. Em resposta, Israel declarou Lula persona non grata, e o governo brasileiro retirou o embaixador de Tel Aviv como retaliação.