Hoje, 8 de janeiro, o Salão Negro do Congresso Nacional será palco de um evento convocado por Lula e seus aliados para marcar o primeiro ano dos ataques de 2023. Batizado originalmente como “Democracia Restaurada”, o nome foi alterado para “Democracia Inabalada” após críticas de congressistas.
O ato contará com a presença de cerca de 500 convidados, incluindo ministros do governo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, governadores e outras autoridades. Além disso, haverá a abertura de uma exposição que relembra os ataques ocorridos no Supremo em 8 de janeiro do ano anterior.
Líderes conservadores têm manifestado críticas à politização do evento pelo governo Lula e seus aliados. O deputado Marco Feliciano expressou sua insatisfação em um artigo para o site Pleno News, onde comentou sobre a denominação do evento como “Democracia Inabalada”.
“Nesta quinta-feira (4), divulguei um vídeo demonstrando minha indignação com o evento que ocorrerá na próxima segunda (8). Está programado um ato denominado Democracia Inabalada, em ‘comemoração aos atos do 8 de janeiro do ano passado que culminou com a destruição de patrimônio público e a prisão de centenas de patriotas inocentes; como senhorinhas e crianças que portavam apenas Bíblias Sagradas, bandeiras do Brasil nas mãos, sem nenhuma arma’, mas é denominado como o dia que se tentou dar um golpe de Estado”, afirmou o deputado.
Críticos apontam a omissão de detalhes sobre os ataques, como a ligação do agressor que destruiu um relógio centenário com o tráfico de drogas.
Feliciano também levantou preocupações sobre a falta de menção aos presos sem individualização de conduta, que enfrentam prisões sem condenação e cujas prisões preventivas extrapolam os prazos legais. Ele alertou sobre o estado de exceção e desrespeito à Constituição, pedindo o retorno à normalidade constitucional.
Trecho do artigo:
“Sendo assim, espero, deste ato, espetáculos de narrativas com discursos de conotação maldosa, atribuindo intenções golpistas aos manifestantes desarmados e sem apoio de força armada; o que torna, claro, o crime impossível, ou seja, em total condição de extinção de punibilidade.
Porém, prevejo que, neste espetáculo de pirotecnia marxista, seus áulicos omitam a trágica morte do preso político com graves comorbidades Cleriston Pereira da Cunha. E também olvidem o abandono das famílias das centenas de presos sem condenação, com prisões preventivas que extrapolam os prazos legais previstos em lei.
Agora, se nesse evento, não fizerem moção aos presos sem individualização de conduta, com prisões sem culpa, sem saberem de que são acusados, tudo terá sido em vão. Até porque, são verdadeiros patriotas pacíficos que foram vítimas de maquinações atrozes, das quais, naquele fatídico dia, foram convencidos de que ao subirem nos ônibus que lhes foram disponibilizados, iriam para suas casas. Mas foram enganados e levados para o cárcere.”