Encerrando a semana em que percorreu 20 municípios da região Sul e do Bico do Papagaio na campanha de prefeitos do PSD, PMDB e outros partidos, a senadora Kátia Abreu disse na noite de sábado, na Capital, no comício do candidato a prefeito, Raul Filho (na região Norte da cidade) que decidiu por não apoiar a reeleição do prefeito de Palmas e defender a candidatura do candidato do PR em função da saúde pública, falta de transparência e do alto custo de vida na cidade, provocado pela elevada carga tributária.
De início, a Senadora ressaltou que, mesmo não tendo apoiado o prefeito na sua eleição em 2012, o procurou para trazer recursos para a Capital, conseguindo viabilizar nos últimos dois anos e meio cerca de R$ 23 milhões para Palmas, dos quais R$ 9 milhões para a saúde pública. “Meu compromisso é com a cidade”, ressaltou a Senadora. “Foi eu quem o procurou para ajudar na sua administração em benefício da população da Capital”, disse a parlamentar, explicando, porém, que ajudar o prefeito com recursos para a população não significaria apoio eleitoral.
A parlamentar criticou o alto valor cobrado no ISS, IPTU e as multas de trânsito. Segundo ela, o aumento de impostos faz os comerciantes subirem o preço dos produtos. “Não podemos tirar o sangue do povo”, disse a Senadora. “Os impostos são necessários, mas não podem ferir de morte as empresas. Se eu mato o emprego do que nosso povo vai viver”, indagou a Senadora.
A Senadora também apontou o orçamento da Capital, da ordem de R$ 1 bilhão, comparando-o aos R$ 10, 1 bilhões do orçamento do governo do Estado. “Nestes quatro anos sem criticar, sem agredir com baixarias, para onde foi esse R$ 1 bi, qual a obra nova, qual a marca, qual o legado. Quando se fala em Raul filho, há o legado das escolas de tempo integral, os indicadores da educação na nossa Capital. Na atual administração essa obra não existe”, disse a parlamentar.
“Temos que saber administrar com transparência porque o povo não quer mais ver o político de quatro em quatro anos. Temos que ter uma administração transparente mostrando onde está indo o dinheiro. O povo quer ajudar a escolher onde aplicar o dinheiro”.
A Senadora também realçou o fato de que 15% da população de Palmas ainda depender do Bolsa Família. “Não se deve tratar um município como uma empresa privada, tem que usar os recursos com transparência, não se pode esquecer que há pessoas que não fazem sequer uma refeição por dia”, apontou.
Para ela, merecem uma explicação, por exemplo, as aplicações da prefeitura na coleta de lixo. “Há três anos se gastava R$ 1 milhão por mês e agora são gastos R$ 3 milhões por mês, que inflação é essa?”, indagou a parlamentar. “O prefeito tem manter a cidade limpa, bonita, mas não ao ponto de tirar das pessoas a área social”.