Em meio à revolução tecnológica que tem transformado o modo como interagimos com o mundo, as igrejas ao redor do globo estão adotando medidas para garantir que a Inteligência Artificial (IA) seja utilizada de maneira ética e responsável. A Igreja Adventista do Sétimo Dia emerge como pioneira nesse esforço, estabelecendo princípios éticos para o uso da IA durante o seu Concílio Anual de líderes adventistas, realizado em 5 de novembro.
+ Inteligência Artificial assume o púlpito e prega sermão: O fim dos pastores e pastoras na igreja?
O documento elaborado pela Igreja Adventista representa um marco significativo ao definir diretrizes claras sobre o uso da IA no contexto religioso. Essas orientações abordam questões fundamentais, tais como transparência, justiça, confiabilidade, responsabilidade, segurança, privacidade e sustentabilidade. Ao se comprometer com esses princípios, a igreja está assegurando que a IA seja empregada de maneira a promover o bem comum e a integridade moral.
A decisão da Igreja Adventista é parte de um movimento mais amplo que está ganhando tração entre diversas denominações religiosas. À medida que a IA se torna uma parte cada vez mais intrínseca da sociedade, as igrejas estão reconhecendo a necessidade de se envolverem ativamente nas discussões éticas e filosóficas relacionadas a essa tecnologia. Ao estabelecer padrões éticos, essas instituições estão garantindo que a IA seja usada em consonância com os valores religiosos e morais que sustentam suas comunidades.
“Foi votado no domingo, 5 de novembro, durante o Concílio Anual de líderes adventistas, o documento Princípios éticos para o uso da Inteligência Artificial pela Igreja Adventista do Sétimo Dia na Divisão Sul-Americana. O material foi preparado por uma comissão de especialistas nas áreas de comunicação, tecnologia e compliance – área encarregada nas organizações do compromisso com a integridade das decisões tomadas. O documento informa que “se propõe a estabelecer princípios éticos fundamentais, que representem a visão da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre o tema da inteligência artificial” – Igreja Adventista.
Além dos aspectos éticos, as igrejas também estão explorando como a IA pode ser empregada para promover a paz, compreensão e solidariedade entre diferentes grupos religiosos. Em um mundo cada vez mais interconectado, a tecnologia pode servir como uma ponte para a compreensão intercultural e inter-religiosa.
A Igreja Adventista, ao liderar o caminho nesse diálogo ético sobre IA, está inspirando outras instituições religiosas a seguir o mesmo exemplo. Esse esforço conjunto das igrejas ao redor do mundo reflete o reconhecimento coletivo da importância de moldar o futuro da IA de uma maneira que seja alinhada com os princípios humanos fundamentais e os valores espirituais que unem comunidades diversas.