Segundo fontes locais da Cisjordânia, o Centro Socio-Cultural Ortodoxo Árabe (um espaço cristão da Igreja Ortodoxa) em Gaza foi bombardeado na segunda-feira, 30 de outubro. O edifício pertencia a uma igreja local e era usado para muitas atividades cristãs antes dos bombardeios entre Israel e o grupo extremista Hamas começarem. O auditório principal do centro ficou destruído e preocupa cristãos que vivem na região.
Apesar da solicitação do exército israelense para que todas as pessoas saiam da cidade de Gaza e se desloquem para o Sul da Faixa de Gaza, muitos permaneceram, incluindo cristãos, pois não têm para onde ir e consideram as igrejas os locais mais seguros para estarem neste momento.
Clamor por paz
Os cristãos enfrentaram também uma das piores noites de guerra no último final de semana. De sexta para sábado (27 e 28/10), pessoas em Gaza testemunharam bombardeios constantes.
Um dos contatos locais disse: “As últimas noites pareciam o inferno em Gaza”. Os cristãos continuam abrigados nas igrejas locais, em relativa segurança. Na Cisjordânia, parte dos Territórios Palestinos que fazem fronteira com Israel, cristãos se reuniram para orar pelas vítimas da guerra dos dois lados e clamaram por justiça e paz.
As casas de muitos cristãos foram danificadas ou destruídas por causa dos bombardeios. Apenas na primeira semana, 30 casas foram avariadas. Um cristão local que vive na região onde Jesus nasceu há mais de dois mil anos contaque “14 famílias cristãs saíram de Belém [na Cisjordânia] para outro país”.
O temor do esvaziamento da presença cristã na Palestina aumenta ao ver as famílias fugindo para outros países. Um líder cristão palestino, durante entrevista à imprensa, pediu que os cristãos não apoiem atos violentos e a morte de crianças inocentes. Ele conta que os cristãos palestinos estão decepcionados com a visão de muitas igrejas que legitimam a guerra. “Por favor, nos ajudem a parar essa guerra!”, pede ele.