Além das nove abstenções em votação de sua cassação nesta segunda-feira (12), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve a solidariedade de outros 10 deputados, que deram votos contrários à perda de mandato. O ex-deputado, porém, foi derrotado por 450 parlamentares, em sessão iniciada às 20h30 e encerrada às 23h50, quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), promulgou o resultado final mostrado no painel eletrônico.
Votaram com Eduardo Cunha os deputados Carlos Marun (PMDB-MS), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Marco Feliciano (PSC-SP), Carlos Andrade (PHS-RR), Jozi Araújo (PTN-AP), Júlia Marinho (PSC-PA), Wellington (PR-PB), Arthur Lira (PP-AL), João Carlos Bacelar (PR-BA) e Dâmina Pereira (PSL-MG).
Justificativa
O pastor Marco Feliciano usou seu twitter para tentar justificar o porquê de seu voto favorável a Eduardo Cunha. Confira abaixo:
“Sempre defendi meus posicionamentos com coragem. Não mudarei isso agora. Votei pelo impeachment de Dilma e só pude fazer isso graças a Cunha. De igual forma: a ideologia de gênero foi arrancada do PNE, a diminuição da maioridade penal votada, a agenda abortista foi barrada, etc.
O processo de sua cassação é política, por vingança dos partidos que não aceitaram o impeachment. Se ele é ou não corrupto, quem dirá é o STF. Não sou e nunca serei pautado pela esquerda que queriam Cunha como troféu, por ter aberto o processo de impeachment que levou à queda de Dilma.
Respeito opinião alheia mas também respeito minha consciência.Repito o que disse se ele cometeu crime que seja julgado e condenado pela justiça. Votei contra a cassação, não serei eu o responsável por retirar seus direitos políticos, direitos que não foram retirados nem de Dilma. Dilma foi afastada mas pode se candidatar nas próximas eleições, Eduardo Cunha, responsável pelo impeachment não pode.“