A estudante de jornalismo Patrícia Lélis concedeu uma entrevista ao vivo ao programa Superpop, da RedeTV!, e reiterou as acusações ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP), mas ao ser confrontada pela apresentadora Luciana Gimenez, recuou e disse que só continuaria a falar através de sua advogada.
Uma informação relevante confirmada de forma indireta durante o programa está ligada ao primeiro advogado da estudante, José Carlos Carvalho, que já não a defende mais. Informações de bastidores dão conta de que ele abandonou o caso. Embora os motivos não estejam claros, a nova defensora de Patrícia Lélis afirmou no Superpop que estava cuidando do caso há apenas 24 horas.
Ao longo da narrativa, a estudante voltou a dizer que Feliciano a havia atraído para seu apartamento, feito uma oferta de emprego em troca de um relacionamento extraconjugal e que diante de sua negativa, a agrediu e tentou estupra-la, e que posteriormente seu chefe de gabinete, Talma Bauer, teria oferecido dinheiro em troca de seu silêncio e feito ameaças para que ela gravasse o vídeo desmentindo as matérias veiculadas pela imprensa.
Patrícia afirmou ainda que fez fotos dos hematomas que ficaram após a suposta agressão sofrida, mas perdeu tudo, e que a pessoa para quem ela enviou esses arquivos, também os apagou.
Gimenez a questionou sobre o que ela tinha a dizer a respeito das imagens que mostram que Feliciano estava em outro local no horário em que ela afirma ter sido violentada: “As imagens não mostram que ele estava lá? Todo mundo viu!”, disse a apresentadora, que recebeu de Patrícia uma resposta sarcástica: “Pode ser que ele tenha tido a bênção de estar em vários lugares ao mesmo tempo”.
Testemunha
A mulher que teria interrompido o suposto estupro ao tocar a campainha do apartamento de Feliciano seria uma testemunha crucial para corroborar as declarações da estudante, mas até agora, não se sabe quem seria essa pessoa.
Quando questionada sobre as características físicas da mulher, Patrícia desconversou, afirmou que aproveitou para sair do apartamento colocando apenas seu sobretudo e suas coisas e o vestido dentro da bolsa.
Na entrevista ao Conexão Repórter, ela havia dito que colocou o vestido de forma rápida e deixou o local.
Provas
Sem respostas concisas para muitas das perguntas de Luciana Gimenez, a estudante afirmou que a Polícia Federal é capaz de produzir provas a partir dos dados dos celulares que ela e Feliciano usaram no dia, e sustentou que ainda mantém em seu aparelho a mensagem enviada ao grupo que, em tese, teria sido convidado para a reunião no apartamento funcional do pastor.
Dinheiro
A apresentadora não comprou as afirmações da estudante e perguntou o por que, se ela estava sendo ameaçada, se mantinha conversando com tanta gente sobre o caso. Patrícia começou a colocar mais nomes em sua narrativa, incluindo o homem que teria se apresentado a ela como um agente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), chamado Arthur Mangabeira.
A essa altura, Luciana Gimenez a interrompeu: “Você falou com Bauer, você falou com outro, etc. Você parece uma agente da KGB. Você não tava apavorada?”, questionou Luciana. Patrícia não respondeu.
Sobre as reuniões no saguão do hotel San Raphael, em São Paulo, Patrícia disse que o gerente a questionou sobre as movimentações e se estaria acontecendo alguma coisa, mas que o assessor de Feliciano, Talma Bauer, a interrompeu, tirando dela a oportunidade de responder.
“Depois dessa confusão toda, por que você negociou dinheiro?”, perguntou Luciana. Segundo Patrícia, “como que eu chego em um senhor de idade, ex-agente da polícia, e ele vira para mim e diz: ‘Querida, eu quero te dar um dinheiro para você ficar bem’”, sem, mais uma vez, responder à pergunta.
Contradições
De acordo com a estudante, o motivo de o endereço do apartamento funcional informado por ela no primeiro Boletim de Ocorrência (B. O.) feito em São Paulo se deve a um erro do escrivão, que teria trocado o bloco H, onde o pastor mora, por T.
Diante disso, Gimenez afirmou que considerava tudo muito estranho: “Em nenhum momento você ficou com medo? Porque, como assim? Você conhece todo mundo, diz que todo mundo está contra você… De duas uma, ou você é mentirosa, ou da KGB”, disse.
Patrícia se irritou, disse que só falaria através de sua advogada e um intervalo comercial foi chamado às pressas. Na volta, a advogada – identificada pela emissora apenas como Rebeca – tentou explicar a história: “Estamos no caso há 24h, conversei com a Simone e já apresentei algumas provas contra Feliciano. O B. O. foi enviado para o Supremo, a PGR pode denunciar. Estamos convictos que vai ser aceito”, disse, alegando que as eventuais provas serão confrontadas pelos horários.
“Quero falar que existem outros casos. Ele não é essa pessoa que ele aparenta ser. Ele é um homem totalmente controverso, que ataca gays, feministas, e até mulheres aliadas dele. O meu apelo é: denunciem. E que a Polícia Federal entre logo no caso”, finalizou Patrícia.
Assista:
https://youtu.be/oBD_giNsFhk
Com informações Gospel Mais