O juiz federal Angel Kelley rejeitou uma ação movida pelo The Satanic Temple contra a cidade de Boston (EUA), afirmando que o conselho da cidade não discriminou o grupo ao negar seu pedido para fazer uma invocação em uma reunião semanal recente. De acordo com a decisão de 31 páginas, os oradores de invocação são convidados a critério de cada vereador, e não houve exclusão com base em crenças religiosas.
O juiz explicou que os vereadores tiveram o poder de permitir ou negar os pedidos de invocação, mas que a principal motivação por trás de suas decisões foi o envolvimento do indivíduo ou organização na comunidade, não suas crenças religiosas.
Em janeiro de 2021, o Templo Satânico alegou que a negação da oportunidade de fazer a invocação era uma violação da Cláusula de Estabelecimento da Constituição dos Estados Unidos. No entanto, a decisão do juiz Kelley foi de que não havia evidências suficientes para apoiar essa alegação.
A cidade de Boston tem enfrentado um conflito contínuo com o Templo Satânico em relação a esse assunto. O grupo religioso declarou que dedicou seu evento anual, SatanCon, à prefeita de Boston, Michelle Wu, como forma de protesto por ter sido impedido de fazer a oração de abertura em uma reunião do conselho da cidade.
No evento SatanCon, que atraiu bastante atenção da mídia, os líderes do Templo Satânico realizaram um ato simbólico de rasgar uma Bíblia e uma bandeira americana pró-polícia, como uma manifestação contra o que eles chamam de “símbolos de opressão” dos cristãos. Vale ressaltar que o Templo Satânico afirma não acreditar em um demônio literal.