Foto: Pastores inauguram novo templo da AD em Rondonia. Autor da foto: Luiz Lobato
O teólogo Guilherme de Carvalho chamou a atenção para o possível plano da elite progressista do país que visa dificultar o crescimento do movimento evangélico no Brasil. Em seu texto, Carvalho destaca a preocupação de importantes setores da esquerda nacional em relação à ameaça que o crescimento evangélico representa para sua hegemonia.
Segundo Carvalho, a abertura de novas igrejas tem sido uma das principais estratégias utilizadas pelos evangélicos para expandir seu alcance, ao contrário do que se pensava anteriormente, que era o uso da televisão e da mídia. Esse fato, confirmado por cientistas sociais que investigaram dados da Receita Federal, despertou discussões acaloradas entre membros da elite cultural progressista, incluindo jornalistas, acadêmicos e membros do judiciário.
Nesse contexto, a facilidade para a abertura e manutenção de templos religiosos no Brasil, considerada uma das joias da liberdade religiosa no país, tem sido alvo de preocupação por parte de juristas, pastores progressistas e jornalistas. Questões como registros cartoriais, alvarás e a capacidade de abrir contas bancárias para as igrejas têm sido discutidas como possíveis alvos de restrições. Alguns casos isolados de obstaculizações já foram observados, conforme mencionado pelo Instituto Brasileiro de Direito Religioso.
É importante ressaltar que qualquer interferência nesse sentido seria ilegal, uma vez que a Constituição de 1988 proíbe o poder público de impor embaraços ao culto religioso. Além disso, a Lei Federal 10.825/2003 garante a liberdade de criação, organização, estruturação interna e funcionamento das organizações religiosas, proibindo o poder público de negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos necessários ao seu funcionamento.
Diante dessa suposta preocupação das elites laicistas, o teólogo Guilherme de Carvalho enfatiza que a resposta evangélica deve ser plantar mais igrejas. Ele defende que os evangélicos devem exercer sua liberdade religiosa em toda a sua extensão, utilizando-a como forma de proteção e defesa de seus direitos.