O prefeito e a primeira-dama de Goiatins, norte do estado, foram presos durante a Operação Bagration da Polícia Federal nesta quarta-feira (27). Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos. Segundo a PF, a suspeita é de que os prejuízos causados aos cofres da União sejam de aproximadamente R$ 10 milhões.
O portal G1 disse que tentou contato com o prefeito, mas até a publicação da reportagem os telefonemas não foram atendidos. A PF informou que eles estão sendo levados para a delegacia de polícia em Araguaína nesta manhã.
A Polícia Federal informou que 110 agentes cumprem 60 mandados judiciais no Tocantins e no Maranhão. Deste total, nove são de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 17 de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva, 12 de arresto de bens imóveis e bloqueio de ativos e seis de sequestro de gado [retenção de algo, por ordem judicial, quando houver dúvida sobre a origem desse bem], em Goiatins, Araguaína, Guaraí, Itacajá, Palmas e Carolina (MA), no povoado de Helenópolis.
A investigação foi iniciada no ano passado. Segundo a PF, o grupo tem como integrantes o prefeito da cidade, a primeira-dama, secretários da Fazenda, da Saúde, de Recursos Humanos, contadores, dentre outros servidores.
A polícia disse que eles são suspeitos de falsificar contracheques de servidores conhecidos como “laranjas”, os quais eram utilizados para a obtenção de empréstimos
consignados perante Instituições financeiras.
Na maioria dos contracheques falsificados constava o cargo de professor de nível fundamental, cujos salários são pagos com recusos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A Polícia Federal está atuando no caso porque os recursos supostamente desviados são federais.
A polícia informou que no decorrer das investigações foram constatados diversos crimes praticados, como desvio de recursos públicos, crimes eleitorais, fraudes em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, a organização atua desde 2012 quando o atual prefeito de Goiatins assumiu a gestão.
G1 TO