A 31ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa nesta segunda-feira (25) e vai até domingo (31), espera receber na Polônia mais de 2 milhões de peregrinos. É a segunda vez que o país de João Paulo II recebe o evento (a primeira foi em 1991), mas o momento mais esperado pelos jovens continua sendo o encontro com o Papa – desta vez, Francisco.
João Paulo II foi o papa que idealizou a JMJ, realizada pela primeira vez em 1986, em Roma. Ele será homenageado na missa de abertura do evento na terça-feira (26). Dos 600 mil jovens inscritos oficialmente na JMJ, 13 mil são brasileiros. Além disso, 150 voluntários do Brasil estão na organização do evento.
O Papa participa dos Atos Centrais da programação, como Acolhida, Via-Sacra, Vigília e Missa de Envio. Além disso, os peregrinos terão 14 locais de catequese de língua portuguesa, sendo que cinco delas serão coordenados por brasileiros e por 30 bispos do Brasil.
O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que foi o anfitrião da última edição do evento, realizada na cidade em 2013, vai integrar a comitiva papal em Cracóvia. “Tudo começou em Roma com João Paulo II e hoje corre mundo a fora. Vendo a realidade do mundo na época, ele considerou importante fazer com que os jovens se aprofundassem na fé, da forma que eles gostam, em um evento grande em que estivessem juntos”, disse.
Dom Orani ressalta que essa é a primeira grande visita apostólica do Papa em um país da Europa, além da Itália, e isso explica a participação em massa de europeus –, mas também garante a participação dos brasileiros.
“O jovem brasileiro e todos os latino-americanos vão ter mais dificuldade pela distância, mas teremos, sim, muitos representantes. São povos com experiências diferentes, histórias de perseguições e guerras no passado, experiências que precisam ser partilhadas para minimizar os conflitos que vivemos hoje”, disse o arcebispo.
Desafios
O cardeal ressaltou ainda que questões latentes como a dos refugiados, as ameaças terroristas e a crise econômica são preocupações de todo país que é sede da JMJ. “Tudo isso gera preocupação, mas não pode chamar atenção apenas diante de um grande evento, são questões que precisam de prioridade a todo tempo. A Jornada é um evento muito pacífico e aberto a todos, estou confiante”, afirmou.
A maior parte dos peregrinos, 25,5%, é de poloneses. Em segundo lugar, ficam os italianos, com 13,6%. O Brasil vem em terceiro lugar, seguido da França e da Espanha. A JMJ terá participantes de mais de 100 países. O G1 ouviu o que alguns desses jovens de diversas nacionalidades esperam desse encontro mundial.
Com informações G1