Igrejas cristãs na Síria têm ajudado sobreviventes do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país há dois meses, matando mais de 7.000 pessoas. O desastre natural somou-se a uma série de crises enfrentadas pelos sírios, como guerra civil de 12 anos, colapso econômico e escassez de alimentos. No entanto, a ajuda da Igreja tem oferecido esperança e superado a “fadiga da compaixão”, que é a sensação de não conseguir mais se sensibilizar com a dor alheia.
“É um mecanismo de enfrentamento que temos no Ocidente. Gostaríamos de poder nos desconectar de algumas dessas coisas, e essa é uma resposta humana natural, porque só podemos suportar tanta dor. Portanto, para poder se envolver com isso, é necessário esforço. Requer intencionalidade. Requer engajamento”, explica Samuel, da organização Redemptive Stories.
Porém, a Igreja na Síria tem se destacado em sua resposta à crise. “A Igreja respondeu com compaixão. Eles responderam com união através das paredes denominacionais e um espírito ecumênico que realmente mostrou o que a Igreja deve ser em tempos de crise”, acrescenta Samuel.
Além de oferecer recursos próprios, a Igreja na Síria tem sido um exemplo para outros religiosos e muçulmanos. “Continua a haver uma abertura, particularmente entre os muçulmanos e pessoas de diferentes religiões, pois eles veem a resposta da igreja”, diz Samuel.
Um exemplo dessa abertura foi uma jovem de 17 anos que sobreviveu ao terremoto. Seus pais conseguiram sair com seu irmão mais novo, mas o telhado desabou sobre o quarto dela. A jovem, que é cristã, contou que um homem vestido de branco a protegeu durante o tremor.
“Ela é uma crente e ela entendeu Quem foi que a protegeu. Mas ela queria ter certeza de que todos soubessem, então ela começou a contar essa história para todos os seus amigos – muçulmanos e cristãos – sobre esse homem todo vestido de branco que a protegeu e a salvou. Tenho certeza que Deus fará coisas incríveis na vida dessa jovem”, afirma Samuel.
Com informações Gospel Prime