O teólogo reformado Guilherme de Carvalho escreveu um texto comentando sobre os acontecimentos que há dias ocorrem nos EUA, mais precisamente nos campus da University Asbury.
O avivamento ali apontado tem a concordãncia de Guilherme e ele aponta porque concorda com essa definição.
+ Esperança Renovada: Avivamento nos EUA e em Asbury pode incendiar as nações
Confira:
Fiquei na observação por alguns dias, mas me parece claro que temos um avivamento em curso. Cito um trecho do relato de Tom McCall:
“Muitas pessoas dizem que lá, na capela, elas mal percebem quanto tempo se passou. É quase como se o tempo e a eternidade se fundissem, quando céu e terra se encontram. Qualquer um que tenha testemunhado o que está acontecendo pode concordar que é algo incomum e totalmente fora do script.”
Sei que para alguns reformados, com padrões muito idealizados sobre o que um avivamento deve ser, é necessário esperar mais. Mas minha tradição de origem é Batista renovada, e damos muita importância a essas experiências surpreendentes e extraordinárias do Espírito. Não é necessário que milhares se convertam; se um pequeno grupo de jovens for permanentemente transformado pela PRESENÇA, Deus está reavivando a sua obra.
Há muitos no entanto que só pensam nos frutos políticos do avivamento. Grandes avivamentos já tiveram esses frutos. Entretanto, o Espírito Santo não virá para realizar o projeto político de salvar o Brasil do comunismo, nem para alimentar o fogo estranho da militância identitária. Precisamos entender, pelo contrário, que é a falta do calor do Espírito Santo no coração o que está levando muitos cristãos a trocar sua primogenitura pelo prato de lentilhas da ansiedade política.
Além disso, é claro que mesmo um grande avivamento não pode mudar imediatamente grandes injustiças estruturais, especialmente num mundo globalizado. Depois de Pentecostes, passaram-se muitas gerações até surgirem mudanças estruturais no império romano.
E se o Espírito Santo for derramado sobre alguém com uma posição política muito diferente da sua? Não seria um grande pecado negar a obra de Deus por inveja política? Devemos ter a humildade de entender que um avivamento não é o aval divino para nossos projetos, mas o chamado divino para os projetos Dele.
Estou com o @marcondesss, @baggiorev e outros: o momento não pede cínicos e julgadores de avivamentos, mas orações para que Asbury produza os frutos que Deus quer: discípulos de Jesus. E um movimento de oração para que o Brasil veja novos derramamentos do Espírito!