O teólogo e pastor Yago Martins publicou um texto condenando a idolatria política no Brasil. Para o jovem líder religioso, nomes como o de Lula e Bolsonaro provocam alguns males à igreja no país.
Segundo Martins, há uma religião no lulismo e isso é um mal que pode trazer graves danos ao país.
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Leia o texto:
UM ÍDOLO CAI, OUTRO É LEVANTADO
“A gente achou que tinha chegado ao paraíso”. Foi o que disse Chico de Oliveira, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, sobre como se sentiram na primeira eleição do Lula.
Você pode achar que é só retórica, mas para muita gente, não é.
Jair Bolsonaro recebeu um tipo muito particular de adoração civil: havia uma teologia bíblica pretensamente conservadora montada para sua honra e em sua devoção. Pessoas faziam orações em cima de bandeiras pedindo por golpe em nome do “presidente dos cristãos”.
Mas a alternância de poder não é alternância de corações. A idolatria muda de personalidades, de alvos, de modos, mas permanece.
Lula é o bezerro de ouro de muitos. Por mais que seja menos apoiado em igrejas, logo alvo de menos apoio explicitamente eclesiástico, “bíblico” e teológico, continua recebendo a adoração fundamental de quem acredita em messias e salvadores.
“O amor venceu”, celebram novos adoradores, em seu “meu deus é amor” secular, já apressados em defender a pureza cerimonial de quem tem nas costas os piores casos de corrupção desde a redemocratização.
Lula roubou o coração de muitos, e este é apenas o primeiro capítulo de uma nova história muito parecia com as histórias anteriores. Lulismo também é religião. Vejamos como vai se manifestar nos próximos 4 anos. Lembramos muito bem como era antes.
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