Após a vitória de Lula no dia 30/10, percebe-se na internet um sutil, mas diabólico e perigoso, movimento de criação de uma narrativa de que a Igreja Evangélica do Brasil está dividida e isso seria fruto da polarização política vivida nestas eleições.
Narrativa da Globo
Logo no dia 01 de novembro o jornal O Globo divulgou uma matéria com o título “Assembleia de Deus se divide após eleição, e pastor rejeita atacar Lula ‘de novo’: ‘Burrice demais é má-fé'”, cujo intuito seria dar aos seus leitores a ideia de que a maior denominação do país estaria rachada entre esquerda e direita. Fake News.
Não é que eles erraram por não conhecerem como funciona as Assembleias de Deus no Brasil ou simplesmente entenderam errado a mensagem do pastor Abner. A matéria tem um propósito claro e objetivo: gerar sensação de uma igreja fragmentada e divida, pois um reino dividido é mais fácil conquistar.
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Narrativa dos pastores esquerdistas
Por outro lado, há também nas redes sociais nomes conhecidos do evangelicalismo brasileiro que enveredaram pela visão progressista e abraçaram o liberalismo teológico a fim de poder defenderem as pautas da esquerda sem terem contra si a acusação da Palavra de Deus (que em sua ortodoxia não permite um cristão sequer flertar com valores que a esquerda defende).
Um destes nomes, o pastor Ricardo Gondim, que disse há poucos dias que “Deus não está no controle” e defende que “homossexualidade não é pecado”, publicou um texto em suas redes sociais inflando as divergências políticas ocorridas entre o segmento durante as eleições e projetando um “mar de excluídos de suas igrejas” por causa do apoio a Bolsonaro.
“Milhares e milhares abandonaram suas igrejas locais, mas estão ávidos por companhia”, dispara o pastor de esquerda sem citar dado algum, baseado somente em falácias ouvidas de outros líderes progressistas.
Ratificado a fake news de Gondim, outro apoiador de Lula e defensor de um evangelho liberal, Caio Fábio escreveu nos comentários da postagem que ele e outros “salvadores dos excluídos” estão organziando um movimento para “salvar” os supostos membros evangélicos expulsos de suas igrejas.
“Já estamos com primeiro evento pra acolher e abraçar os milhares de pastores (as) e líderes que orfanatos de suas igrejas e denominações”, escreveu Fábio.
Narrativa orquestrada
Como se percebe, há uma narrativa orquestrada que busca dividir a Igreja evangélica no Brasil. Os ataques vêm de fora (grande mídia) e de dentro (líderes progressistas que usam os púlpitos para pregar o “nós contra eles” criado pelo PT e que o ajudou a crescer no país).
Não há de se esperar outra posição por parte dos líderes conservadores e pastores do país a não ser ser uma atitude de vigilância e cuidado, pois as trevas não dormem e já preparam o próximo golpe contra o povo de Deus: a criação de uma guerra religiosa e política dentro do protestantismo brasileiro.
Oremos!