Hugo Magalhães (dir) acompanha o envio das cédulas: transparência na logística foi uma reivindicação do grupo de oposição. Foto:Divulgação
Obrigadas pela Justiça, a comissão eleitoral e a direção atual do Simed (Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins) encaminharam via Correios na manhã desta sexta-feira, 10, as cartas contendo as cédulas para que médicos votem na eleição da categoria. A votação vai ocorrer no próximo dia 30. Além de voto por carta, os sindicalizados poderão votar utilizando urnas em Palmas, Araguaína e Gurupi.
Diferente do modelo anterior da eleição defendido pela atual gestão, desta vez o envio das cartas foi feito de maneira transparente. As mudanças foram definidas após acordo celebrado entre as chapas que disputam o pleito durante audiência na 2ª Vara da Justiça do Trabalho, em Palmas, ocorrida no último dia 7.
Por cobrar uma eleição transparente, legal e sem privilégios para o grupo da situação, a chapa 2 “Responsabilidade Classista” foi a que motivou a realização da audiência. “Esse momento resume toda a luta da chapa 2, que vem brigando pela transparência no processo eleitoral para garantir que todos os médicos, do interior ou da capital tenham o direito do voto assegurado e possam de fato escolher com legitimidade quem vai guiar nossa categoria nos próximos 4 anos”, disse o candidato à presidência do Simed pela chapa 2, o clínico geral Hugo Magalhães.
Conforme o acordo, o Simed foi obrigado a fazer, quase que numa cerimônia pública, a entrega das cartas com as cédulas nos Correios. “A descentralização da votação, com mais urnas no interior para que os médicos votem presencialmente e transparência na logística da votação por carta foram algumas das principais lutas da chapa 2 neste pleito. O ato que foi feito aqui demonstrou a transparência que cobramos desde o início e a gestão atual do Simed só aderiu após a intervenção da Justiça”, afirmou Magalhães.
Todas as cartas foram protocoladas nos Correios de uma só vez, com a conferência dos nomes dos destinatários feita na presença de membros da comissão eleitoral e integrantes das duas chapas. No modelo anterior, defendido pela gestão atual do sindicato e suspenso pela Justiça, as cartas eram confeccionadas num quarto na sede do Simed por seus funcionários e em desacordo com normas de inviolabilidade definidas no regimento eleitoral.
A lista dos destinatários, anteriormente, foi negada à chapa 2. Outra mudança significativa foi a locação de uma nova caixa postal para receber as cartas de volta, com os votos dos médicos. Ela foi lacrada e, conforme acordo celebrado na Justiça, só será reaberta no dia 30, após a votação para apuração. “Em que pese o fato de lutarmos cada vez mais por mais urnas no interior, e vamos pagar por isso já que o Simed alegou não ter dinheiro para custear as despesas, esperamos que a transparência da logística seja mantida”, disse Magalhães.